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Em forte crise, campo uruguaio protesta contra o governo

Queda acontece na produção de grãos, leite, carne e frutas, carros-chefe da economia uruguaia


O campo uruguaio protestou durante a semana passada contra a administração do presidente Tabaré Vázquez em uma grande mobilização com tratores e bandeiras uruguaias no município de Durazno, onde se costumam realizar feiras agrícolas. O protesto reuniu não somente produtores, mas também técnicos, consultores, contratistas de maquinário, transportadores, industriais e outros envolvidos na cadeia agropecuária. O Frente Amplio, coalizão governista de esquerda no Uruguai, governo o país há 13 anos.

A crise no campo uruguaio é tão aguda que a temporada atual teve uma redução de área plantada de cultivos como soja, milho, trigo, arroz e cevada superior a 20%. O setor reivindica reduções de impostos, principalmente os de propriedade, e menores tarifas de combustível e energia elétrica. As entidades agropecuárias uruguaias também querem uma forte redução do deficit fiscal e um peso uruguaio mais fraco. A grande preocupação é a falta de competitividade em comparação a Brasil e Argentina, mas principalmente com relação ao Paraguai.

Após a manifestação, que teve 17 dias de promoção nos grandes meios de comunicação e no WhatsApp, o presidente uruguaio Tabaré Vázquez não recebeu as principais entidades agropecuárias que organizaram o protesto.

As principais entidades agropecuárias que organizaram a manifestação não descartam organizar uma greve geral do setor rural pedindo a destituição do presidente Vázquez. O protesto uruguaio lembra episódios de 2008 e 2011 na Argentina, quando o setor rural se uniu para protestar contra a ex-presidente Cristina Fernandez de Kirchner, que conseguiu terminar o seu mandato.

 

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