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Em Piracicaba, projeto da USP planta, colhe e doa alimentos

Mais de 1,6 mil pessoas foram beneficiadas por ação, em Piracicaba, que também capacita produtores rurais


Feijão, batata, milho e arroz. O cultivo desses alimentos na fazenda Areão da USP, em Piracicaba, tem mudado a vida de muitas famílias e entidades sociais da cidade e ajudado estudantes da Universidade a aprender na prática sobre produção agrícola.

Desde 2013, mais de 1.600 pessoas entre idosos, adolescentes e crianças foram beneficiados com a doação de 3 toneladas de batata, 2,6 toneladas de cenoura, 2 toneladas de arroz, 1 tonelada de feijão e 8 mil espigas de milho.

O SolidarESA é uma iniciativa da Casa do Produtor Rural da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em parceria com grupos de extensão universitária da própria escola e o Rotary Club de Piracicaba. A ação, que une solidariedade, agricultura sustentável e aprendizado, teve inspiração que veio de além-mar.

A Casa do Produtor Rural recebeu, em 2012, a visita de um intercambista de Portugal que contou sobre uma iniciativa realizada na sua faculdade, o Instituto Superior de Agronomia. O projeto técnico-social chamado SolidarISA fazia o plantio e, em seguida, a doação do alimento à comunidade local. A ideia chamou a atenção da casa, que decidiu implantar uma versão em Piracicaba.


Teatros e fantasias são usadas em Dia de Campo para explicar o projeto – Foto: Casa do Produtor Rural
A coordenação técnica das atividades é dos professores Dourado Neto, Paulo Cesar Tavares de Melo e Fernando Angelo Piotto. A Casa do Produtor Rural conta com o com o apoio da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, Programa Unificado de Bolsas (PUB) da IS, diretoria da Esalq, prefeitura do campus de Piracicaba, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz e Pecege.

Plantar, colher e doar
O SolidarESA possui quatro etapas. Na primeira, os alunos de graduação em Ciências Agrárias da USP, que fazem parte de um grupo de extensão universitária, realizam o plantio de culturas como feijão, batata, milho e arroz na propriedade da própria Esalq.

Eles recebem acompanhamento do docente especializado, como também de funcionários da Universidade que são responsáveis por operar as máquinas e implementos. Além disso, contam com a parceria de empresas do setor agrícola que contribuem com a doação de produtos e equipamentos que serão usados no plantio.

A segunda etapa é a produção de um evento pela Casa do Produtor Rural. Nele, há palestras teóricas e aulas práticas na área de plantio do SolidarESA para produtores rurais e profissionais do setor. São apresentadas as pesquisas desenvolvidas na USP e demonstradas as tecnologias sustentáveis que podem ser empregadas na propriedade, aumentando assim a eficiência da produção.

A terceira é chamada de Dia de Campo, no qual cerca de 50 pessoas assistidas pelo projeto vão conhecer as plantações. Os alunos envolvidos no SolidarESA caracterizam-se ludicamente de personagens para explicar de forma divertida como funciona a produção de alimentos. “O evento é constituído por desenhos, teatro, curiosidades e alimentação”, diz Marcela Matavelli, coordenadora da Casa do Produtor Rural. O objetivo é fazê-los conhecer um pouco mais sobre a agricultura, a Esalq e a importância do alimento ofertado.

Na última etapa, alunos-voluntários da USP colhem os alimentos, que são enviados à Casa do Produtor Rural para serem embalados e doados pessoalmente por alunos e membros do Rotary Club de Piracicaba. O Rotary também faz os cadastros, as reuniões e as visitas locais para conhecimento da infraestrutura e das atuações de cada entidade beneficiada.

Muitas entidades sociais de Piracicaba são assistidas pelo projeto. São elas: Lar dos Velhinhos de Piracicaba, Aliança de Misericórdia, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae, Casa do Bom Menino, Centro de Reabilitação de Piracicaba – CRP, Centro Social de Assistência e Cultura da Paróquia São José – Cesac, Escola de Educação Fundamental Especial Passo a Passo, Lar Betel, Associação Franciscana de Assistência Social Madre Cecília, Lar Franciscano de Menores, Associação de Pais e Amigos de Surdos de Piracicaba – Apaspi.

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