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Em roteiro extraordinário, Expedição Safra desembarca no novo Canal do Panamá

Projeto vai conferir como a ampliação pode favorecer escoamento da produção das Américas para Ásia e Europa


Projeto vai conferir como a ampliação pode favorecer escoamento da produção das Américas para Ásia e Europa

Após percorrer 16 estados brasileiros e as principais regiões produtoras de grãos dos Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Uruguai, a Expedição Safra volta a campo esta semana com foco em logística. A equipe de técnicos e jornalistas vai visitar o novo Canal do Panamá e conferir como as melhorias vão afetar as relações comerciais entre a América do Sul e a Ásia. O roteiro extraordinário da edição 2015/16 do projeto contempla ainda o Arco-Norte brasileiro – rota crucial para comunicação com o Panamá.

O novo Canal do Panamá foi inaugurado em junho após nove anos de obras e promete mexer com a configuração logística intercontinental. A principal mudança foi feita nas eclusas, que passaram a receber embarcações com até 150 mil toneladas (Neopanamax) – navios 2,5 vezes maiores que os recepcionados até então, os Panamax. A ampliação pode gerar queda nos custos de frete e também no tempo gasto com transporte, além de abrir a possibilidade de que outros países usem o Canal do Panamá para chegar ao Pacífico e acessar de forma facilitada mercados da Ásia.

“No roteiro extraordinário, vamos conferir como esse novo Canal, agora com capacidade maior, vai conversar e favorecer o escoamento da produção das Américas e quem vai se beneficiar mais, se a América do Sul ou a do Norte”, explica o gerente do Núcleo de Agronegócio Gazeta do Povo e coordenador da Expedição Safra, Giovani Ferreira. A equipe é composta ainda pelo assessor técnico e econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, e pelo diretor de inteligência de mercado da INTL FCStone, Thadeu Silva.

Segundo Camargo, ainda não se sabe ao certo qual será o impacto da ampliação sobre o comércio marítimo a partir do Sul do país. “As rotas do agronegócio, de maneira geral, não se utilizam do Canal do Panamá para chegar a Ásia, porque é mais fácil passar pelo Cabo da Boa Esperança. Mas o Brasil não pode ficar alheio às mudanças que estão acontecendo na logística mundial, é importante entender se, e de que forma, as rotas já fixadas serão influenciadas”, destaca.

Na avaliação do diretor de inteligência da INTL FCStone, a comunicação com o Panamá será crucial para o desenvolvimento do Arco-Norte, rota logística que possibilita a exportação pelos portos das regiões Norte e Nordeste do Brasil e tem se mostrado opção para o escoamento da produção do Centro-Oeste. “A viabilidade do trânsito de grãos pelo Canal ampliado é uma variável chave para definir a viabilidade do Arco-Norte, que pode encurtar em cerca de seis dias o trajeto marítimo para o leste asiático”.

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