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Emater/MG moderniza e amplia atuação

Programa Minas Sem Fome atendeu em 2005 um total de 463 mil famílias


Presente em 786 municípios mineiros, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais ? Emater ? foi premiada como a melhor empresa do setor de desenvolvimento agropecuário do Brasil, superando, inclusive, a Embraba, que ficou na segunda colocação. O Prêmio Melhores do Agronegócio é oferecido pela revista Globo Rural, em parceria com a Serasa (empresa de análise e gerenciamento de crédito). Na sexta-feira (10-11), antes de viajar para a cidade de Prata, onde fez o lançamento de mais uma etapa do Programa Minas Sem Fome, o presidente da Emater-MG, José Silva, falou sobre a atual situação da entidade e sobre os programas que estão sendo desenvolvidos no Estado.

O Minas Sem Fome é um programa vitorioso?

Sem dúvida alguma. Até dezembro do ano passado 463 mil famílias foram atendidas em 680 municípios. Vamos encerrar 2006 com este programa em 700 municípios. No Prata, estaremos iniciando hoje (sexta-feira) a distribuição de 70 mil sacas de milho, além de uma grande quantidade de sementes de feijão e hortaliças. Esta é uma forma de manter o homem do campo no campo. Dar a ele condições para produzir seu alimento e ainda ganhar dinheiro.

Existem recursos suficientes para este fim?

O governo de Minas Gerais está investindo R$ 10 milhões e os resultados estão aparecendo. Além das sementes e assistência técnica, a Emater também está agindo em outras frentes, capacitando pessoal, constituindo agroindústrias comunitárias para agregar valor aos produtos cultivados, principalmente nas regiões mais carentes do Estado, melhorando o sistema de abastecimento de água para pequenas comunidades agrícolas no semi-árido mineiro, entre outros. Mas além destes R$ 10 milhões, estamos aguardando agora a liberação de mais R$ 13 milhões do Ministério de Desenvolvimento Agrário, resultado de uma emenda da bancada mineira no Congresso Nacional, com forte atuação por parte dos deputados Nárcio Rodrigues e Gilmar Machado, que são aqui da região.

É este o segredo do sucesso do programa Minas Sem Fome?

Parte dele sim. Outra parte é o comprometimento das comunidades envolvidas. Trata-se de um programa descentralizado, onde todos os projetos são avaliados e aprovados por um conselho municipal que também tem a função de acompanhar todo o processo de cultivo e produção.

Este programa é uma forma de fixar o homem no campo?

Também. Mas não só quem ainda está morando no campo, mas também aqueles que se mudaram para os centros urbanos mas continuam com forte ligação no meio rural. São pessoas que realmente possuem vocação e passam por um rigoroso critério de cadastramento. Além disso, o programa conta também com a participação de 119 entidades, incluindo núcleos de recuperação de dependentes químicos, penitenciárias, escolas e outros.

Sobre o prêmio que a Emater recebeu recentemente, qual sua importância?

Este prêmio foi o reconhecimento a todo o trabalho que tem sido feito no sentido de tornar a Emater uma instituição muito mais abrangente. Nos últimos anos, conseguimos enxugar o quadro de funcionários. Hoje, 85% do quadro existente atua diretamente no campo, em contato diário com o produtor, conhecendo seus problemas e levando a ele soluções viáveis.

Houve uma modernização no trabalho desenvolvido pela Emater?

Claro que sim. Trouxemos para uma empresa pública estratégias que são adotadas no setor privado. Promovemos um choque de gestão, investimos em pessoal e otimizamos recursos. A Emater se tornou uma empresa preocupada também com a qualidade de vida, questões ambientais, mercado e tudo mais que envolve o dia a dia do homem do campo e conseguimos conciliar este novo processo a um desenvolvimento tecnológico voltado para a produtividade. Implantamos uma metodologia de gerenciamento moderna, projetos com prazos e metas a serem cumpridas, o que gerou uma competitividade interna saudável e eficaz.

Pode-se dizer que hoje a equipe que o senhor comanda é mais motivada?

Claro. Temos hoje condições de trabalho muito melhores do que tínhamos há alguns anos. Os recursos para bancar o trabalho dos técnicos aumentou de R$ 12 milhões para R$ 24 milhões. A idade média da frota que era de 14 anos foi reduzida para sete anos com a aquisição de 400 novos veículos, e como parte do incentivo aos funcionários o vale-refeição teve seu valor reajustado em 100%. Portanto, o investimento em pessoal, adoção de ferramentas modernas de gestão e melhores condições de trabalho resultaram nos benefícios que estamos observando hoje. Esta é a fórmula de sucesso adotada pelo governo de Minas Gerais.

Para finalizar, além do Minas Sem Fome, quais outros projetos estão sendo desenvolvidos pela Emater-MG no Estado?

Podemos destacar o programa de combate à pobreza rural em 188 municípios do semi-árido mineiro; o programa de revitalização das bacias hidrográficas, em especial a do São Francisco; o programa voltado para agregar valor e qualidade ao café e o programa Minas Artesanal, com o objetivo de incentivar a implantação de agroindústrias para o beneficiamento de leite e frutas.

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