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Emater quer ampliar prestação de serviço

Geração de novas receitas faz parte do plano de reestruturação


Geração de novas receitas faz parte do plano de reestruturação

Com um déficit operacional previsto de R$ 8,5 milhões para este ano e dívidas de R$ 171 milhões entre passivos trabalhistas, tributos federais e previdenciários, a Emater joga em diversas frentes para alcançar o reequilíbrio financeiro a médio e longo prazo. O plano de recuperação da empresa de assistência técnica e extensão rural, composto por medidas como o estancamento da sangria de recursos em despesas consideradas supérfluas e a equalização de débitos, com prioridade para a negociação de parcelamento de dívidas que configuram apropriação indébita, inclui a busca pela ampliação de receitas.


Prestadora de serviços de classificação, certificação e crédito, a empresa pretende ampliar sua participação no mercado com uma postura mais agressiva de negociação comercial para captar novos clientes, avisa o presidente da Emater, Lino de David. O primeiro contrato neste sentido será formalizado com a BSBios, de Passo Fundo (RS), durante o mês de maio. Segundo Lino, a negociação de um pacote que incluiu a prestação de assistência técnica para o desenvolvimento da canola permitiu à Emater selar a parceria com a indústria de biodiesel. Atualmente, a Emater tem em torno de 500 clientes do setor privado neste segmento.

Conforme o diretor superintendente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, o contrato piloto prevê a classificação de cerca de 400 mil toneladas de soja adquirida pela empresa no Estado até o final deste ano. O volume representa aproximadamente 40% do total que a BSBios prevê esmagar até dezembro e que será destinado para a produção de óleo e farelo. Até então, esse serviço era prestado à indústria por concorrentes privados nos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. "Economicamente foi um pouco mais vantajoso, mas nosso objetivo maior era ampliar o leque de prestadores de serviços."


A estratégia para retomar a musculatura prevê também a regularização de prestação de contas rejeitadas, relativas a convênios fechados nos últimos seis anos com o governo federal. Assim, a partir do mês de junho, será possível começar a receber do Ministério do Desenvolvimento Agrário os R$ 16 milhões a que tem direito até 30 de maio de 2012 e outros R$ 4 milhões referentes a convênios para a reforma agrária. Outra iniciativa envolve a difícil negociação para elevar a dotação de recursos do governo estadual, cuja previsão de repasse é de R$ 105 milhões do orçamento de R$ 154 milhões. Para 2011, as despesas são estimadas em R$ 163 milhões.

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