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Emater/RS-Ascar reavalia projeções para safra de grãos de verão

O maior impacto, até o momento, se dá sobre as lavouras de milho


A estiagem que afeta o Rio Grande do Sul levou a Emater/RS-Ascar a reavaliar, nesta quinta-feira (05-01), a estimativa inicial para a safra dos grãos de verão – milho, feijão e soja. O maior impacto, até o momento, se dá sobre as lavouras de milho. Dados coletados na segunda quinzena de dezembro indicam que a cultura já registra uma perda consolidada de 25,17% em relação à previsão inicial. Com isso, a produção do grão não deverá ultrapassar 3.969.297 toneladas em 2011, número 31,29% menor que o do ano anterior, quando chegou a 5.776.512 t.


O feijão da 1ª safra já apresenta queda de 11,43% em relação à estimativa inicial, de 81.639 t, e de 22,27% comparando-se com a safra 2011. Caso as condições climáticas adversas persistam, a tendência é de que estes percentuais aumentem. Os primeiros dados coletados neste início de janeiro, que deverão ser divulgados na próxima semana, começam a confirmar essas tendências.

O diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, explica que o milho e o feijão foram os mais atingidos pela estiagem até o momento, já que o percentual de lavouras em fases de floração e enchimento de grãos foi expressivo durante o mês de dezembro, o que “afetou seriamente a produtividade dessas culturas em algumas regiões”. O maior impacto é nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Ijuí (com expectativa de redução no rendimento médio no milho de 37%), Passo Fundo (-35%), Lajeado (-30%), Santa Rosa (-25%) e Erechim (-24%).


Caso o cenário de estiagem persista, os danos devem se estender de forma mais grave também às lavouras de soja. Com base nos dados coletados até o final de dezembro, a Emater/RS-Ascar estima uma redução de 4,09% na expectativa inicial para a safra 2012, que era de 10.300.335 t, e de -15,61% em relação à safra 2011. O engenheiro agrônomo da Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, Gianfranco Bratta, ressalta que, caso o cenário de estiagem se mantenha, esta estimativa tende a piorar, visto que começa agora um período crítico para a soja. “Até o final deste mês cerca 40% das lavouras entrarão em floração, fase extremamente sensível à falta de umidade no solo”, avalia Bratta.

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