CI

Emater/RS divulga dados finais da primeira safra de feijão do Estado

Os dados finais mostram uma produtividade média de 991 kg/ha, que sobre uma área de 80.237 hectares totaliza uma produção de 79.515 t


A Emater/RS-Ascar encerrou a análise dos números da primeira safra de feijão do Estado. Os dados finais mostram uma produtividade média de 991 kg/ha, que sobre uma área de 80.237 hectares totaliza uma produção de 79.515 toneladas. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, esse montante ficou 11,91% abaixo das estimativas iniciais, que eram de 90.267 toneladas, e 31,90% menor que a safra de 2007. A redução se deu em razão das condições meteorológicas desfavoráveis nas áreas de produção, com a queda de granizo e as precipitações, que ficaram aquém da média normal, durante o ciclo da cultura.

Nos últimos períodos, as condições climáticas foram regulares para as áreas de cultivo de feijão safrinha no Estado. As precipitações amenizaram as condições de lavoura que estavam precárias quanto aos níveis de umidade no solo, essenciais para o bom desenvolvimento. Neste momento, os agricultores estão realizando as práticas de controle de pragas e doenças. As atuais fases da safrinha de feijão no Estado são de 21% em desenvolvimento vegetativo, 17% em floração, 27% em enchimento de grãos, 19% maduros e prontos para colher e 16% já colhidos.

A colheita do milho evoluiu apenas dois pontos percentuais, chegando aos 52%. Cerca de 20% também se encontram maduros e poderão ser retirados assim que as condições do tempo o permitirem. Apesar do clima bastante irregular, a safra de milho deverá se fixar próxima às estimativas iniciais.

A colheita da soja alcança 25% da área total. O percentual de lavouras prontas para a colheita também evoluiu de forma significativa, passando de 25% para 34%. Assim como no milho, a atual safra da soja, embora com um número maior de lavouras suscetíveis às condições do clima, também começa a se definir. As avaliações sobre as condições das lavouras indicam que a produção, como um todo, deverá ficar muito próxima das estimativas iniciais. Os números de ambas as culturas deverão ser consolidados na próxima semana.

A colheita do arroz atinge os 50% da área cultivada, mantendo uma produtividade média acima dos 6,6 mil kg/ha e tendo outros expressivos 41% praticamente prontos e por colher, o que coloca a atual safra à frente da média das últimas cinco, porém atrás da passada. Dado às condições favoráveis, os produtores de arroz gaúchos não têm encontrado dificuldades em realizar as operações de colheita e retirada do produto das lavouras, devendo encaminhar o fim da colheita em breve, se o tempo se mantiver seco, como prevê a meteorologia.

Criações

As chuvas irregulares contribuíram para amenizar o problema de dessedentação do rebanho e propiciam também o início ou a retomada do preparo do plantio das espécies forrageiras hibernais, principalmente da aveia e do azevém. Os bons preços que vêm sendo obtidos pelo gado e pelo leite nos últimos períodos estão estimulando os produtores a investir na ampliação e renovação das pastagens. Entretanto, no caso das leguminosas, as sementes estão chegando ao mercado valendo praticamente o dobro da temporada passada. O motivo é a menor oferta do produto no mercado local.

O mercado estadual de animais para abate operou estável no decorrer da semana. Segundo a pesquisa de preços realizada pela Emater/RS-Ascar, o preço médio do boi gordo não apresentou variação. Já a vaca gorda apresentou ligeiro crescimento, na ordem de 0,47%, ficando seu preço médio na faixa dos R$ 2,15 o kg vivo. Na região da Campanha aumentou a oferta de animais destinados à engorda, contudo os preços se mantiveram estabilizados. Na região Noroeste, a procura acentuada por terneiros está aquecendo os negócios do mercado local de recria.

A venda de gado em pé para o exterior desagradou o setor de abate. As notícias também dão conta de que, em função da escassez de oferta de animais para abate nos Estados, muitos postos de trabalho nos frigoríficos estão sendo fechados. Contudo, os produtores rebatem que, se houver uma melhor remuneração do produto, este reaparecerá.

Com a aproximação do natural declínio das pastagens, conhecido como “vazio forrageiro”, que se caracteriza pela transição entre o término das pastagens estivais e a produção das forrageiras de outono/inverno, a produtividade esperada para o leite nos próximos períodos tende a ser menor. Este ano o fenômeno tende a ser mais sentido nas regiões em que o déficit hídrico foi maior, uma vez que a estiagem também está atrasando o preparo das novas áreas e retardando a semeadura das forrageiras hibernais. No entanto, o prognóstico continua sendo de chuvas abaixo das médias históricas para o próximo trimestre.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.