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Embargo russo à carne do Tocantins pode acabar

O anúncio da suspensão parcial da Rússia à exportação da carne brasileira trouxe esperança para o setor produtivo


O anúncio da suspensão parcial da Rússia à exportação da carne brasileira trouxe esperança para o setor produtivo do Tocantins. Tanto o presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Felipe Nauar Chaves, quanto o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindicarnes), Renato Mauro Menezes Costa apontam para a grande possibilidade de liberação da carne tocantinense para exportação. “Poderemos usar a capacidade instalada de nossas indústrias em sua plenitude”, apontou Costa ao elencar os benefícios da liberação e estimando o incremento na produção em torno de 30% a 40%.

O Mato Grosso deverá retomar a comercialização nesta quarta-feira. Segundo o presidente da Adapec, a Rússia reconhece o Tocantins como área apta para exportação, mas ainda não fez a habilitação das plantas (indústrias indústrias) para permitir que estas exportem. “Agora em maio uma missão russa virá ao Brasil e no roteiro está prevista uma visita aos frigoríficos do Estado”, contou Chaves, destacando que no Tocantins há duas unidades - o Frinorte, em Araguaína, e a Cooperfrigu, em Gurupi - aptas para receber a visita da delegação russa.

Segundo Costa, do Sindicarnes, com a liberação do Mato Grosso para exportação, é grande a possibilidade de o Tocantins também ter unidades habilitadas para a venda externa. “O mercado russo e o europeu são os melhores, tanto em preço quanto em volume”, contou, acrescentando que atualmente as duas indústrias (Araguaína e Gurupi) não operam com a totalidade de suas capacidades instaladas - que giram em torno de 700 animais abatidos por dia. “Poderemos ter um incremento nessa produção da ordem de 30% a 40%”, estimou. “A Rússia tem um mercado para carne bovina estimado em 430 mil toneladas por ano, ou seja, é um grande mercado para ser explorado”, disse.

O presidente da Adapec complementou afirmando que o Tocantins possui as mesmas condições sanitárias de Mato Grosso, e não há registro de febre aftosa em solo tocantinense há oito anos. “Não há o que justifique o embargo. Estamos certos de que a missão habilitará as plantas do Estado para exportação”, disse Chaves.

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