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Embargo russo à carne suína catarinense completa um ano

O prejuízo chega a U$ 30 milhões\mês ao setor


O embargo russo à carne suína catarinense completa um ano nesta quarta-feira (13-12), gerando um prejuízo de U$ 30 milhões\mês ao setor. Santa Catarina, que detêm o melhor status sanitário do país, paga o preço de uma balança comercial desfavorável à Rússia e, de acordo com o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Gelson Sorgato, mesmo se o Brasil voltar a comprar produtos russos, como fertilizantes e trigo, as exportações não serão mais nos mesmos patamares de antes, quando chegavam a 17 mil toneladas\mês. O caminho seria buscar novos mercados internacionais para as carnes catarinenses, tanto suínas quanto bovinas e para isso, o Estado vêm executando todos os procedimentos necessários para comprovar sua excelência sanitária.

Para obter o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris, na França, Santa Catarina concluiu esta semana a coleta das 11.059 amostras de sangue de bovinos, realizada em 1.347 propriedades rurais catarinenses. O levantamento soroepidemiológicos para o vírus de febre aftosa será embarcados na madrugada desta quarta-feira para Recife (PE), onde funciona o único laboratório do país, autorizado pelo Mapa a analisar o material.

Esta inspeção no rebanho faz parte dos requisitos da OIE para que o Estado possa estar apto a receber o certificado internacional. Isto dependerá, não só do diagnóstico das amostras, mas também de um parecer favorável em relação a toda documentação sobre o sistema de defesa sanitária catarinense, que já está com o governo federal. O material será enviado a OIE até meados de fevereiro e em maio, a entidade anuncia o resultado do trabalho executado por Santa Catarina: “Este reconhecimento é essencial para aumentarmos o leque de clientes para as carnes catarinenses. Somente o Japão importa 1,2 milhão de toneladas por ano de carne suína”, afirma Gelson Sorgato, secretário de agricultura e Desenvolvimento Rural.

A União Européia é outro mercado que Santa Catarina pretende conquistar. Para isso, o Governo do Estado solicitou, esta semana, ao Ministério da Agricultura que formalize a vinda de uma missão técnica ao Estado, da Direção Geral da Saúde e da Proteção do Consumidor. A intenção é que o serviço estadual de defesa sanitária animal também seja avaliado em relação à aftosa, visando o credenciamento do Estado junto a entidade, o que possibilitará o comércio de animais e de carne bovina e suína em todos os 25 países que compõe a União Européia (UE). A solicitação é para que a inspeção seja realizada no início de 2007.

De acordo com o secretário da agricultura, Gelson Sorgato, Santa Catarina possui excelentes condições sanitárias e deve buscar todas as qualificações necessárias para ampliar suas exportações. "Tanto o recebimento do status de zona livre da febre aftosa sem vacinação por parte da Organização Mundial de Saúde Animal, quanto a qualificação junto a esta entidade da União Européia são extremamente importantes para que não fiquemos à mercê da dependência com o comércio russo”, afirma. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.

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