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Embrapa, WWF-Brasil e FAO lançam desafio para reduzir desperdício de alimentos

A segunda etapa da campanha digital começou na primeira semana de novembro


No dia 20 de outubro, a Embrapa, o WWF-Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO iniciaram a ação digital "Mania de Desperdício" por meio da hashtag #MinhaGastromania para incentivar as pessoas a desperdiçarem menos alimentos. As ações no Facebook e no Twitter fazem parte da campanha #SemDesperdício, lançada em outubro como parte da programação do Dia Mundial da Alimentação. A segunda etapa da campanha digital começou na primeira semana de novembro, e deixa o humor um pouco de lado para abordar assuntos mais relacionados à redução do desperdício de alimentos.

Passado o "segredo" inicial, quando as instituições responsáveis pela iniciativa não foram reveladas, o #SemDesperdício convida os consumidores a refletir sobre o tema por meio do vídeo "Gastromania - Todo mundo tem a sua. Mas o que acontece com a comida que não entra na sua mania?". A campanha lançou também o hotsite www.semdesperdicio.org. Por meio do site, o público está sendo convidado a participar do "Desafio Uma Mania a Menos". Durante dez dias, um e-mail por dia com dicas para reduzir o desperdício de alimento nas famílias será enviado. Os interessados em participar devem cadastrar o e-mail para receber as missões diárias. Para participar, acesse www.semdesperdicio.org.

Na primeira fase da "Mania de Desperdício", celebridades como a nutricionista Bela Gil aderiram à causa compartilhando a hashtag #MinhaGastromania e estimulando os seus seguidores a postarem sobre manias na cozinha. Youtubers ligados à gastronomia, profissionais e veículos de comunicação também participaram da ação, que ainda não havia divulgado as entidades autoras da campanha.

  Como participar do desafio?

Os internautas que desejarem participar do "Desafio Uma Mania a Menos", podem cadastrar o e-mail na página www.semdesperdicio.org. A página virtual também disponibiliza os manuais "Sem Desperdício no trabalho", "Sem Desperdício em eventos" e "Sem Desperdício em casa" com orientações simples para que empresas ou pessoas possam se engajar na redução do desperdício de alimentos. O perfil da campanha no Facebook é o Mania de Desperdício. Para acompanhar e compartilhar a campanha no Twitter, acesse https://twitter.com/MdeDesperdicio. As hashtags #ManiaDeDesperdício e #SemDesperdício podem ser usadas em postagens relativas ao tema. 

Reduzir desperdício é economizar dinheiro e recursos naturais

Para Gustavo Porpino, analista da Embrapa, a campanha contribui para despertar o interesse da sociedade por um tema com implicações sociais, econômicas e ambientais. "O desperdício na etapa de consumo é o mais danoso em termos de perdas de recursos financeiros e naturais. Quando o alimento é descartado no final da cadeia, perdem-se também todos os esforços de pesquisa, insumos e investimentos logísticos necessários para produzir e levar o alimento até o consumidor", enfatiza. "Desperdiçar também significa reduzir as possibilidades de enfrentamento da insegurança alimentar", complementa Porpino.

O agrônomo Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, enfatiza que o combate ao desperdício de alimentos é prioritário para a organização e deve estar presente na agenda de todos os governos. "Não é possível que em um mundo onde ainda exista mais de 745 milhões de pessoas passando fome, o desperdício de alimentos seja tão alto e representativo. A mudança de hábitos de consumo deve ser estimulada", ressalta.

"A crescente necessidade por alimento, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta. Atualmente, em torno de 1.3 bilhão de toneladas de alimentos é desperdiçado mundialmente a cada ano, ocupando entre 25 a 30% da área agricultável no mundo e ainda emitindo gases de efeito estufa. Ou seja, a pressão que está sendo exercida na Terra pode ser reduzida e é nosso papel alertar, informar e envolver a sociedade para mudar essa realidade", aponta Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil.

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