Embrapa Amapá inicia pesquisas sobre mosca-da-carambola
Ao longo de três anos serão ministradas palestras públicas sobre a mosca
Dez anos depois da identificação da mosca-da-carambola no município de Oiapoque (AP), o risco da praga se propagar em outros Estados será estudado no projeto Rede de Pesquisa em Apoio ao Programa de Erradicação da Mosca-da-Carambola, que a Embrapa Amapá vai coordenar nos próximos três anos.
O projeto recém-aprovado envolve especialistas de diversas unidades da Embrapa, universidades e institutos de pesquisas da região Norte e de Pernambuco, um importante pólo fruticultor do Brasil. As atividades começam em março e se entendem até 2010, quando será lançado um livro sobre moscas-das-frutas na Amazônia.
O coordenador do projeto, Ricardo Adaime, pesquisador da Embrapa Amapá, explica que ao longo dos três anos serão ministradas palestras públicas sobre a mosca-da-carambola. Como se trata de uma rede regional haverá campanhas de educação fitossanitária no Amapá, Acre, Amazonas, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A sede do projeto é a Embrapa Amapá, onde serão realizados os principais trabalhos de pesquisa e transferência de tecnologia, mas também haverá atividades de pesquisa e ações preventivas à disseminação da praga nos demais Estados.
Ainda este ano iniciam os estudos bioecológicos das moscas-das-frutas na Amazônia brasileira. Ao mesmo tempo, outra equipe estará responsável pela identificação do potencial de introdução da mosca-da-carambola em outros Estados e do risco da introdução de outras espécies de Bactrocera, trabalho sob a coordenação da pesquisadora Maria Regina Vilarinho de Oliveira, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
No próximo ano serão iniciados os estudos dos impactos sócio-econômicos da dispersão da mosca-da-carambola sobre a fruticultura brasileira, a cargo da pesquisadora da Embrapa Amapá, Milza Barreto. De 2008 a 2010 o pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá, da Embrapa Meio Ambiente, vai liderar a ação referente à testagem das moléculas químicas para o controle da mosca, além da avaliação da possível resistência ao malatiom, inseticida empregado há 10 anos no combate ao inseto. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Amapá.