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Embrapa leva ciência à sociedade em Semana do Meio Ambiente

Participaram como parceiros dessas atividades as Fundações de Meio Ambiente dos dois municípios, Agraer e Universidade Federal de MS


A percepção sobre as particularidades do Pantanal começa cedo para quem nasce e cresce nas cidades de Corumbá e Ladário, Mato Grosso do Sul. Sabendo da importância de se formar um pensamento crítico desde a juventude, pesquisadores e técnicos da Embrapa Pantanal levaram informações sobre o bioma a estudantes do ensino médio e fundamental por meio de palestras e outras ações na Semana Nacional do Meio Ambiente de 2017. Participaram como parceiros dessas atividades as Fundações de Meio Ambiente dos dois municípios, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Universidade Federal de MS.

De acordo com o supervisor do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia (SGTT) da Embrapa Pantanal, Kenndel Zuanazzi, a conscientização promovida por atividades como essas apoia a redução futura dos impactos da ocupação humana no bioma. “As ações feitas nas escolas, por exemplo, são voltadas para a educação ambiental. Com isso, estimulamos a formação de um adulto que considera a importância de se conservar o Pantanal e usar seus recursos naturais de forma inteligente”.

Ao todo, foram realizadas oito palestras abordando a relação entre o ciclo da água e as mudanças climáticas, oferta e escassez de água no bioma, características do Pantanal e agroecologia. Durante a semana, a equipe da unidade também ofereceu oficinas gratuitas e abertas à população para promover a sustentabilidade dentro do lar, intituladas “Caldas biofertilizantes orgânicas para hortas caseiras”, “Como fazer sabão líquido reutilizando óleo de cozinha” e “Minhocário e produção de húmus”. Por fim, representantes da Embrapa Pantanal organizaram panfletagens e diálogos sobre agroecologia no município de Ladário durante a semana, celebrando também a Semana Nacional do Alimento Orgânico.

Experiências

“Aqui na unidade, demos um intervalo nas atividades de pesquisa na Semana do Meio Ambiente para transmitir a importância de se cuidar dos recursos naturais”, diz a pesquisadora Balbina Soriano. “Queremos mostrar para as pessoas como cuidar e zelar do ambiente com ações simples, como contar para a família o porquê de não podermos queimar o lixo que produzimos ou por que fechar a torneira quando a gente escova os dentes. Pode parecer que essas atitudes não dão resultado, mas é esse trabalho de ‘formiguinha’ que vai causar um impacto positivo no futuro”.

O pesquisador Ivan Bergier fala sobre os exemplos que utilizou durante as palestras para mostrar como a conservação ambiental pode ser feita por todos e começa dentro de casa. “Para falar das mudanças do clima, tive que contar como é feita a contagem dos GEE ao longo do tempo, como a gente consegue voltar ao passado com a ciência e como conseguimos, de certa forma, evitar a emissão por não deixar comida no prato, por exemplo”, diz. “Para produzir o alimento, são usados fertilizantes, insumos e outros produtos que já aumentam a emissão de GEE. A comida, quando vai para o lixo, também produz metano, um desses gases. Não podemos desperdiçar o alimento”, conta.

Para a pesquisadora Márcia Divina, investir na conservação ambiental é uma forma de assegurar a manutenção de serviços ecossistêmicos como a regulação do clima e a provisão de água. “A humanidade precisa das áreas naturais. A atividade humana sempre traz um poluente, um impacto ou outro. O fato do Pantanal existir e não ser ocupado de uma forma mais efetiva – temos poucas pessoas, poucas indústrias – tende a manter um ambiente saudável. Dentro dessa biodiversidade, ainda podemos explorar recursos como ervas nativas e outras riquezas”.

Por isso, o pesquisador Alberto Feiden ressalta que é preciso “começar a trabalhar essas informações com as crianças agora. Esta é uma fase em que a personalidade deles está se formando, em que se criam os bons e os maus hábitos. Trabalhar a questão da alimentação saudável nessa época, por exemplo, é ajudar a orientá-las a escolher o tipo de comida que querem consumir durante as suas vidas”. Bergier completa: “o conhecimento é a ferramenta mais importante para tirar qualquer dúvida”.

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