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Embrapa leva debate sobre Compost Barn à ExpoSul Rural

A Exposul Rural será aperto com seminário transmitido pela internet sobre Compost Barn


Foto: Nadia Borges

A Exposul Rural, evento capixaba que tradicionalmente ocorre em Cachoeiro do Itapemirim-ES, será aperto com seminário transmitido pela internet sobre Compost Barn. Alessandro Sá Guimarães, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, irá falar sobre “Infraestrutura, manejo e qualidade do leite em sistema de Compost Barn”. O seminário contará ainda com a participação de Marcos Neves, professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA),  com a palestra sobre “Princípio da alimentação de vacas leiteiras em confinamento”.

O seminário ocorrerá às 15h30 desta quinta-feira (23 de julho). O interessado poderá se inscrever por meio do site do evento (exposulrural.com.br). A ExpoSul Rural terá um formato hibrido e ocorrerá, ao mesmo tempo, de forma presencial e nas plataformas digitais (Youtube, Facebook, Instagram e no site do evento). A parte presencial, denominado Curral Tecnológico, será apresentada direto de fazendas capixabas que já implantaram esse modelo de produção de leite.

Compost Barn 

 Em tradução livre, compost barn significa “estábulo de compostagem”. O modelo surgiu como alternativa aos sistemas de produção de leite em confinamento como o free stall (galpões onde as vacas descansam retidas em baias individuais) e o tie stall (vacas presas a correntes também em baias individuais). Embora no compost barn as vacas continuem confinadas, os animais podem circular livremente pelo galpão. Isso faz com elas exercitem seus instintos sociais com o grupo. Com isso, melhoram-se os indicadores reprodutivos, que refletem no aumento da produção de leite.

Sua principal característica é a “cama orgânica” cobrindo o piso do estábulo em contato direto com o solo, feita de maravalha ou serragem, caroço de amendoim, casca de café ou outro material orgânico rico em carbono de baixo custo e fácil disponibilidade para o produtor. O composto é confortável para as vacas, abolindo as baias com camas de areia ou de borracha, além do piso de concreto dos sistemas tradicionais. “O piso mais macio contribui para evitar problemas de cascos nos animais”, diz Alessandro de Sá Guimarães, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

As vacas passam boa parte do dia no galpão (só saem para serem ordenhadas) e defecam e urinam nessa cama. Mas não há perigo de contaminação das vacas? O pesquisador responde: “O material original da cama, rico em carbono e pobre em nitrogênio e nutrientes, ao qual é incorporado os dejetos dos animais, passa pelo processo biológico chamado de composto, que estimula a decomposição de materiais orgânicos pelos microrganismos que atuam na presença do ar (aeróbios). Esse processo produz calor, que mata muitos micro-organismos patogênicos que poderiam causar alguma contaminação. O resultado é uma cama limpa e seca que não favorece o aparecimento de mastites ambientais”.

 Para que isso ocorra de forma efetiva, a cama deve ser bem manejada, estando sempre seca e sendo submetida a uma constante aeração. O composto deve ser revolvido com a utilização de trator equipado com equipamentos do tipo enxada rotativa ou avassalador duas vezes ao dia. A substituição do material e feita a cada período de aproximadamente um ano. O material retirado do estábulo é um rico adubo orgânico e pode ser vendido ou utilizado na própria fazenda.

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