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Embrapa Rondônia esteve presente no Seminário Geopolítica na Amazônia


O Museu Paraense Emílio Goeldi, a Embrapa Amazônia Oriental e a OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, realizaram no período de 18 e 19 de dezembro de 2003, em Belém, o Seminário Geopolítica da Soja na Amazônia.

Entre os temas mais debatidos, a grilagem e a violência rural, os fatores limitantes do cultivo na Amazônia, as alternativas econômicas do ponto de vista do desenvolvimento regional, os avanços tecnológicos, a recuperação de áreas alteradas ou abandonadas, a infraestratutura e logística relacionadas com o cultivo.

De acordo com a geógrafa Bertha Becker, da UFRJ, é preciso gerar uma revolução tecnológica para viabilizar o aproveitamento econômico de alternativas à soja, principalmente com base na biodiversidade da região. Essa tese é compartilhada por Charles Clement, do INPA, e Alfredo Homma, da Embrapa, de acordo com o qual "a Amazônia não pode ficar entre os extremos da soja de um lado e da poronga do outro" (utensílio tradicional dos seringueiros).

Diversos pesquisadores da Embrapa apresentaram os dados atualizados e detalhados sobre a expansão da cultura nos diversos estados amazônicos, com foco em Rondônia, Amazonas, Roraima e Pará, além das inovações relacionadas com cultivares, insumos e adaptaçães do cultivo a solo e clima amazônicos.

Para o Chefe Geral da Embrapa Rondônia, Newton de Lucena Costa, a soja pode ser uma alternativa na recuperação de pastagens degradadas ou de áreas alteradas de Rondônia. Apesar do Estado deter a maior produtividade de soja no país (3.125 kg/ha), atualmente o cultivo da soja é realizado no cone sul do Estado em áreas sob vegetação de cerrados, sendo estimado em 38.000 ha a área plantada na safra 2003/2004.

Paulo Roberto Galerani, da Embrapa Soja, apresentou os dados de dezembro de 2003, que apontam para uma área cultivada, na Região Norte, de 300 mil hectares (sem incluir a Amazônia matogrossense). De acordo com Galerani, enquanto no Sul e Sudeste prevalece a pequena propriedade, no Norte e Centro-Oeste o cultivo é protagonizado por proprietários médio-grandes.

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