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Empaer comercializa 608 mil alevinos em município mato-grossense

Foram comercializados alevinos de tambacu, tambatinga e pirapicu para 463 produtores rurais


Foram comercializados alevinos de tambacu, tambatinga e pirapicu para 463 produtores rurais

Durante cinco meses, a Estação de Piscicultura da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), localizada no município de Nossa Senhora do Livramento (42 quilômetros de Cuiabá), vendeu 608 mil alevinos. Foram comercializados alevinos de tambacu, tambatinga e pirapicu (cruzamento da pirapitinga com o pacu) para 463 produtores rurais do Vale do Rio Cuiabá e região. A próxima comercialização está programada para o início de 2017.

O chefe da estação, Antônio Claudino da Silva Filho, esclarece que são produzidos alevinos para recria e engorda, disponibilizando toda tecnologia de reprodução das espécies para os piscicultores da região. Segundo ele, a Empaer prioriza os agricultores familiares, oferecendo alevinos de qualidade com preços acessíveis, considerados os melhores da praça e com baixa mortandade.

No momento da venda são repassadas orientações aos piscicultores desde os cuidados com a soltura dos alevinos nos tanques ou represas até o abate. É importante colocar a quantidade de alevinos conforme o tamanho do tanque. Um alevino ocupa um metro quadrado de lâmina de água e necessita de ração farelada, alternando a granometria da ração com o crescimento. No período de 10 a 11 meses, pode atingir o peso de quase dois quilos e já estar pronto para o abate.

A represa abastece 39 tanques de reprodução, sendo 12 de pesquisa e 27 para recria. Enock Alves dos Santos, engenheiro de pesca da Empaer, responsável por capacitar os produtores na hora da compra, destaca a importância da informação. “Muitas vezes o produtor se baseia na prática de vizinhos ou conhecidos, que podem estar errados. É preciso informar esses produtores para que a sua criação seja produtiva e rentável. Os resultados positivos, além de aumentarem sua renda, agregam valor à atividade de piscicultura”.

O engenheiro Enock fala que a piscicultura pode render até 25% de lucro para os produtores rurais, mas é necessário receber orientações técnicas para começar na atividade. Ele destaca que vários fatores são importantes para o crescimento e sucesso da atividade, bem como: manejo, alimentação e nutrição de peixes, qualidade e oxigênio da água, temperatura, densidade por metro quadrado, controle no cultivo de alevinos e outros.

De acordo com Enock, o Estado tem uma produção de 50 mil toneladas de peixes por ano, cultivados em tanques, e que a implantação de um projeto de piscicultura na propriedade rural pode levar até oito meses. “Nosso clima é muito bom para o cultivo de peixe e em menos de um ano está pronto para o abate”, enfatiza.

Reforma do laboratório

Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no valor aproximado de R$ 385 mil, será reformado e ampliado o laboratório de reprodução. Após as obras, a capacidade de produção poderá chegar a mais de 1 milhão de alevinos.

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