O empresário Washington Umberto Cinel quer investir R$ 120 milhões no Estado de Mato Grosso. Durante a visita que fez ao governador Blairo Maggi, na última quarta-feira, o empresário apresentou um projeto que prevê a criação de cerca de 1.000 empregos diretos e indiretos por um ano, durante a edificação do prédio que vai abrigar a fábrica de vacinas contra febre aftosa e raiva.
"É um projeto modular. Vamos construir a fábrica numa área de 50 mil m2, que deverá ser aumentada de acordo com a demanda", disse Washington Cinel. Serão produzidas 100 milhões de vacinas contra a febre aftosa anualmente e outras 30 milhões de doses contra a raiva animal. Para o trabalho de manutenção e administração da fábrica, serão contratados 130 profissionais permanentes.
Esta será a primeira fábrica de vacinas contra a febre aftosa e a raiva no Estado, que tem um rebanho bovino estimado em 22 milhões de cabeças. A expectativa é de que, em função da eliminação dos gastos com o transporte dos produtos veterinários, com a fábrica funcionando em Mato Grosso, o preço unitário de cada produto seja menor. No ano passado, na terceira etapa da vacinação, a vacina foi comercializada, em média, a R$ 80 e este ano já está sendo encontrada até a R$ 1,1o nas lojas de produtos veterinários.
A fabricação das vacinas em Mato Grosso também pode ser a esperança de imunização de 100% do rebanho bovino. No ano passado, 96% do rebanho foram imunizados contra a doença e nenhum município atingiu a meta total de vacinação, estimada pelo INDEA e pela Secretaria de Agricultura. Diferente de 2001, quando o núcleo de Rio Verde, na região de Sorriso (420 km ao Norte da Capital), atingiu 100% de imunização.
Mato Grosso está há 71 meses sem registrar casos de aftosa. O último registro ocorreu em 16 de janeiro de 1996, no Município de Terra Nova (710 km ao Norte de Cuiabá).
O governador Blairo Maggi se comprometeu em analisar o projeto apresentado pelo empresário, e dar um parecer logo em seguida.
"Para o futuro, nós pretendemos construir um pólo de vacina animal em nível internacional, mas, por enquanto, só queremos o apoio do Estado para realizarmos a primeira etapa do projeto", disse o empresário Washington Cinel, que necessita do um aval do governador Blairo Maggi para obter a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.