Empresas de fertilizante vão investir US$ 2,4 bilhões
O investimento tem por objetivo substituir 30% das importações de insumos
Investimentos de US$ 2,4 bilhões da Petrobras, Galvani, Bunge, Mosaic e Fosfertil deverão aumentar em 30% a oferta nacional de fosfatados e nitrogenados para a fabricação de fertilizantes. O valor, estimado para ser aplicado nos próximos seis anos, poderá reduzir a necessidade de importação do País dessas matérias-primas e gerar uma economia na balança comercial brasileira de US$ 615 milhões até 2012.
O projeto de investimento prevê duas minas para exploração de fosfatados - uma localizada em Catalão (GO) e outra em Tapira (MG) -, cujos estudos de viabilidade já estão concluídos. A fábrica para produção de uréia e amônia será em outro estado do Centro-Oeste.
O aumento da produção interna também vai contribuir para que as indústrias de insumos instaladas no País acompanhem o crescimento da agricultura, previsto em 30% nos próximos seis anos. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Matéria-Prima para Fertilizante (Sinprifert), Paulo César Mathias Tinoco, esse investimento é fundamental para que o setor não perca espaço para os concorrentes estrangeiros, "que detêm atualmente 58% do mercado de fertilizantes no Brasil".
Essa participação, segundo ele, se deve em boa parte ao fato de o produto importado estar isento da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, que varia de 4% a 6%. Caso essa isenção não seja revista, o projeto deve sair, mas poderá ser redimensionado, diz Tinoco. O presidente do Sinprifert afirma ainda que o setor tem "desvantagens porque pagamos o imposto interestadual, em média de 8%".