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Empresas latinas de commodities crescem menos

Fim do "superciclo" impactou o ranking de empresas


Um novo estudo divulgado pelo Boston Consulting Group revela as empresas na América Latina que tiveram o maior crescimento em 2017. O Brasil ficou atrás do México, que teve 28 companhias entre as 100 que mais cresceram. Entre as brasileiras, foram 26 as empresas com melhor crescimento mostrado pelo estudo. O terceiro lugar ficou com o Chile (18), seguido por Colômbia (11) e Argentina (9).

Quando o relatório é analisado desde o ponto de vista de cada indústria, ele revela que as multinacionais latinas orientadas ao consumo e aos serviços tiveram melhor desempenho que as empresas de commodities. A participação total das empresas de consumo e serviço subiu de 31% para 44% do total, enquanto que as companhias dedicadas à produção de matérias-primas caíram de 12% para 7%.

“As empresas de consumo passaram a ter um passo mais forte e se explica pelo grande crescimento da classe média que houve na região. O outro lado disso é que a representação das empresas de commodities caíram muito. Ao terminar o superciclo de preços altos, estas empresas crescem menos e tem menos possibilidades de expandir regionalmente”, explicou Rodrigo Rivera, sócio e diretor-geral do Boston Consulting Group. A empresa de proteção de cultivos Atanor, que antes fazia parte do ranking, deixou de figurar.

Para Rivera, o Chile aparace bem posicionado em função de que é um país “muito estável e os empresários têm visão de longo prazo porque não possuem preocupações com a inflação ou incerteza sobre se amanhã vai poder exportar ou não”.

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