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Empresas reagem a proibição do glifosato em Rosario

Entidades do agro temem contágio de legislação para outros municípios


As grandes entidades de associações do setor agropecuário da Argentina reagiram à proibição da aplicação de glifosato que foi feita no município de Rosario, que é o terceiro maior da Argentina em população. Tanto para a Associação de Produtores de Plantio Direto (Aapresid) como para a Associação da Cadeia de Soja Argentina (Acsoja), trata-se de um antecedente "grave" gerado porque as restrições se basearam em um estudo da Agência Internacional para Investigação do Câncer, organismo da Organização Mundial da Saúde. As entidades ressaltam que o estudo referido do braço da OMS foi editado, conforme denúncia da agência Reuters.

“Essa decisão é afastar-se da ciência para tomar decisões em base a presunções do que é politicamente correto”, afirmou o presidente da Aapresid, Pedro Vigneau, em entrevista ao jornal El Cronista.

O dirigente sindical classificou a notícia como um “balde de água fria”, tendo em conta de que se trata de uma cidade que é a raiz da produção agrícola argentina como maior polo mundial de crushing e polo exportador. A promulgação da lei que proíbe o glifosato nos limites do município ainda depende da sanção da prefeita Mónica Fein.

Na área específica do município, estão cultivados 300 hectares de soja e 500 hectares frutícolas. Mas outros municípios próximos, como Gualeguaychú (Entre Ríos), gostariam de tomar medidas parecidas ou até mesmo em toda a província de Santa Fe.

“Hoje mais de 50 empresas produzem e importam este herbicida no país, já que é o herbicida mais usado aqui e no mundo. Sua produção levaria a um aumento dos custos e em consequência dos preços dos alimentos”, afirmou Vigenau.

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