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Encontro aponta setores atrativos para empresários na África

"O Brasil é um celeiro de negócios em pleno crescimento e se destaca pela capacidade no mercado de alimentos e na área de bioenergia",


"O Brasil é um celeiro de negócios em pleno crescimento e se destaca pela capacidade no mercado de alimentos e na área de bioenergia", afirmou Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante encontro empresarial entre representantes do Brasil e da África do Sul.

De acordo com Giannetti, a escassez de terra e água faz com que alguns países cheguem ao seu limite e procurem outros locais. "É neste cenário que o Brasil aparece e passa a ganhar mais espaço no agronegócio", já que, segundo ele, existe uma demanda internacional crescente de alimentos por conta de países que são incapazes de ser autossuficientes e crescem acima da sua produção.

"A China tem 400 milhões de toneladas de déficit de alimentos, ausência de terra e a tendência é que este percentual aumente. Aqui, nós caminhamos no passo contrário, a começar dos 400 milhões de hectares que o Brasil possui para a produção agrícola", exemplifica.

Atualmente, o País responde por 32% da exportação mundial de café, 86% da exportação de suco de laranja, é o maior produtor de carne bovina em todo o mundo, tendo 30% da exportação mundial. É responsável, ainda, por 39% da exportação de carne de frango e o segundo maior exportador de soja e milho. Mas não para por aí. De acordo com Giannetti, a demanda de alimentos deve crescer em todo o mundo acima dos 100% nos próximos 35 anos. Apesar disso, o diretor acredita que o Brasil, sendo a oitava economia do mundo e apresentando um crescimento próximo a Índia e a China, está abaixo do esperado. "Nosso comércio exterior ainda é muito modesto diante da nossa capacidade. Hoje, nos aproximamos dos US$ 200 bilhões de exportação."

Vale lembrar que o Departamento de Comércio e Indústria da África do Sul (DTI), já identificou a região da América Latina, especialmente Brasil, Argentina, Chile, México e Venezuela, como destino estratégico para as exportações sul-africanas, com potencial estimado em US$ 200 bilhões.

Para Giannetti, não só o Brasil como a África do Sul possuem qualidades, áreas e climas favoráveis para o agronegócio. Assim como também podem e devem se desenvolver no setor de energia renovável. "O País é pioneiro na área de bioenergia em todo o mundo. Somos o maior produtor de etanol e, até 2019, nossa produção deve dobrar, a África do Sul tem todas as condições de crescer e se aperfeiçoar neste mercado", prevê.

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