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Energias renováveis e comércio pautam discurso brasileiro no G8

Brasil e Índia aproveitam a visita do presidente Lula ao país asiático para afinar o discurso nessas áreas


Dois temas devem nortear o discurso brasileiro na reunião do G8 (o grupo, dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia) nesta quarta-feira (06-06) e nesta quinta-feira na cidade alemã de Heiligendamm: energias renováveis e comércio.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Brasil e Índia aproveitaram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático para afinar o discurso nessas áreas.

Ao lado de China, México e África do Sul, os dois países participam como convidados do encontro anual do G8, que este ano tem o aquecimento global como tema central.

"Estamos muito bem afinados. Todos nos preocupamos com a questão do aquecimento global. Todos queremos que as metas que existem sejam cumpridas", afirmou o ministro.

De acordo com o chanceler brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderá na Alemanha, o uso dos biocombustíveis como solução para a redução dos gases causadores das mudanças climáticas.

"O presidente Lula falará sobre a mudança de clima e as implicações que isto tem para a questão energética, e vice-versa", antecipou o chanceler ainda em Nova Delhi.

"O uso de energias limpas e renováveis, como é o caso dos biocombustíveis, pode contribuir para a diminuição das emissões de gás carbônico".

Segundo Amorim, não só a Índia mas os demais países em desenvolvimento têm posições similares à brasileira. O assunto deve ser detalhado em reunião preparatória dos 5 países convidados.

"Vamos, seguramente, ter um documento entre nós", revelou o chanceler. Também deve entrar em pauta na Alemanha a proposta brasileira de desmatamento evitado, que estabelece uma compensação financeira para o combate ao desmatamento.

"O presidente deve mencionar, deve se falar em algum estímulo ao desmatamento." informou Amorim. Quanto às resistências à proposta, comentou: " Todas as idéias novas não são muito bem recebidas".

Outro tema que, segundo Amorim, certamente será tratado é a atual rodada de negociações da Organização Mundial do Comércio.

"Nossa posição é que é preciso concluir a rodada de maneira positiva porque se precisa de uma verdadeira rodada de desenvolvimento. Acho que estamos nos aproximando de que isso seja realmente viável", avaliou.

Além dos encontros do G5 (formado pelos cinco países mais industrializados do mundo: França, Alemanha, Japão, o Reino Unido e os Estados Unidos) e do G8 (os sete ´países mais ricos do mundo mais a Rússia), a agenda do presidente Lula na Alemanha prevê encontros bilaterais com o primeiro-ministro britânico Toy Blair, a chanceler alemã Angela Merkel, e líderes do Canadá, Nigéria e Argélia.

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