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Enoturismo ganha espaço

Neste domingo (8) é celebrado o Dia Mundial do Enoturismo, que ganha destaque virtual


Foto: Divulgação

Neste domingo (8) é celebrado o Dia Mundial do Enoturismo. A data sempre marca o segundo domingo de novembro. A atividade é praticada por amantes de vinho que unem o prazer da degustação da bebida com o turismo. É uma forma de vivenciar e reconhecer a herança deixada pelos imigrantes em vinícolas históricas e carregadas de sentimentos.

Há boas opções de Norte a Sul do Brasil que estão retomando as atividades depois de paralisações em função da pandemia. As ações envolvem degustação, passeios, experiências, piqueniques, teatros e uma infinidade de possibilidades. 

Retrato do setor

Mais do que uma taça o enoturismo valoriza a cadeia produtiva do vinho. Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) cerca de 30% das vinícolas têm atividades do tipo e elas respondem por cerca de 40% do faturamento. O turismo movimenta os três setores da economia: a agricultura, a indústria, o comércio e todos os serviços. E ainda agrega valor aos produtos ofertados.

Hoje, a área de produção vitivinícola no Brasil soma 82 mil hectares divididos principalmente entre seis regiões. São mais de 1,1 mil vinícolas. No ano passado só o Rio Grande do Sul produziu mais de 182 milhões de litros de vinho. De acordo com levantamento da Ideal Consulting, entre abril e junho deste ano, o consumo de vinho entre brasileiros bateu o recorde da indústria nacional. Cada brasileiro consumiu 2,8 litros, alta de 72%.Já as vendas aumentaram em mais de 86%.

A marca da Serra
 
O enoturismo consolidou a Serra gaúcha como um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Sul. Em Garibaldi, por exemplo, essa atividade tem feito o município conhecido como a Capital Brasileira do Espumante experimentar seguidos avanços no número de turistas recebidos a cada ano. No ano passado o município recebeu 194 mil visitantes interessados nas bebidas.

Um dos estabelecimentos que desenvolve as atividades é a Cooperativa Vinícola Garibaldi, que traz para a vitrine o trabalho de pequenos produtores de 15 municípios da região. Em 2019a casa foi responsável por 70% da visitação total da Rota dos Espumantes. Já o ano de 2020 se desenhava como o de maior movimento para a vinícola em sua história com o enoturismo. A cooperativa registrou, em janeiro e fevereiro, a melhor marca na quantidade de visitantes, com 24 mil pessoas, um crescimento de 20% em relação ao início de 2019.

Enoturismo dentro de casa

Com a pandemia foi registrada uma queda de 92% no movimento.  A cooperativa apostou no enoturismo virtual para manter os negócios e seguir proporcionando a experiência aos fãs da prática, sem que saíssem de casa. Uma das experiências mais procuradas pelos visitantes, o Taça & Trufa, saiu das caves da cooperativa e foi parar na casa das pessoas.

Para isso, uma vídeo-aula com orientações para degustar e harmonizar espumantes com trufas artesanais foi disponibilizada ao público, que pode adquirir o kit do produto e ter a mesma experiência da vinícola no conforto do lar. Os produtos entregues na porta da casa foi outra das ações para ajudar na recuperação das perdas, assim como a criação de combos especiais com espumantes e vinhos.

Em outubro houve aumento de 95% na comercialização de espumante em relação ao mesmo mês de 2019. A vinícola já projeta um crescimento na casa dos 40% nas vendas da bebida neste ano, mostrando que mais do que virar o jogo, as pessoas querem é virar de ano o quanto antes. 
 

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