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Entidades apontam armazenagem e crédito como prioridades para MT

Demandas visam melhorar produção do estado


Em reunião com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, lideranças rurais apresentaram demandas para melhorar a produção do estado

?As entidades do setor agropecuário se reuniram nessa segunda (11) com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, para apresentar as necessidades para Mato Grosso. Lideranças da agricultura e pecuária, entre outras, estiveram presentes na reunião que deve ajudar a delinear, inclusive, o próximo Plano Safra.


“Estamos aqui com uma equipe técnica do Ministério da Agricultura para ouvir as reivindicações e até contribuir para redirecionar algumas linhas de crédito específicas. Isso nos dará mais legitimidade para defender os pontos dentro da equipe econômica do governo”, afirmou Neri Geller.

O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, apontou duas reivindicações dos produtores de soja e milho de Mato Grosso. A primeira é a armazenagem, pois atualmente há um déficit de 16 milhões de toneladas, que pode chegar a 52 milhões de toneladas em dez anos, caso não haja investimentos.
“Vemos cada vez mais produtos a céu aberto, desperdiçando o grande potencial produtor do estado. Estes investimentos precisam ser planejados agora, não podemos esperar o ano de 2022 para começar a pensar no que precisa ser feito”, enfatizou Fávaro.

A segunda solicitação da Aprosoja foi o investimento em logística para o escoamento da safra de milho do estado, que deve ser de aproximadamente 14 milhões de toneladas. “Enquanto o governo não investir na melhoria de rodovias e portos para o arco norte do Brasil, teremos problemas graves”, disse Carlos Fávaro.


A situação é preocupante porque pode acontecer uma defasagem nos preços caso a safra fique sem escoamento. “Queremos exportar 8,5 milhões de toneladas, recompor os estoques para a cadeia produtiva de carnes do estado em 3,5 milhões de toneladas, mas isso só poderá acontecer se o governo intervir com programas de incentivo às exportações, PEP, PEPRO e também com contratos de opções”, finalizou Fávaro.

O presidente da FAMATO, Rui Prado, assinalou que o setor agropecuário precisa que haja um aumento no limite de linhas de crédito para custeio de soja, milho e pecuária. “Estamos pretendendo um aumento para a soja e milho de R$ 1,5 milhão e para a pecuária de R$ 750 milhões”, informou. Ele lembrou que neste ano o percentual destas linhas de crédito já foi maior, mas ainda é preciso mais. “O estado de Mato Grosso demanda muito. Precisamos destes recursos para custeio e também para investimentos com juros menores”, disse.

Na pecuária, a necessidade também é de crédito. Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernardes, o governo precisa observar a extensão dos prazos para financiamentos demandados pelo setor para melhoria de solo e renovação de pastagens degradadas, por exemplo. “Isso tem um duplo efeito: o aumento significativo da produção e a mitigação de efeitos ambientais negativos”, explicou.

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