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Entidades querem prorrogação da janela do safrinha

Eles pedem a prorrogação do Zarc por mais 10 dias


Foto: Marcel Oliveira

O excesso de chuva prejudica a colheita de soja em vários estados e preocupa não só pela perda da oleaginosa como impacta no plantio do milho segunda safra. A janela já encerrou e grande parte das lavouras não foi implantada.

No Mato Grosso, por exemplo, maior produtor da safrinha, com expectativa de área de 5,6 milhões de hectares e mais de 35 milhões de toneladas pela Conab, até semana passada havia plantado apenas 55% da área esperada. 

Diante da situação algumas entidades estão mobilizadas para prorrogar a janela de plantio. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) já havia encaminhado oficio ao Ministério da Agricultura no final de fevereiro, solicitando, por 10 dias, a prorrogação do período de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para semeadura do milho segunda safra no Paraná e em Mato Grosso.

“A semeadura posterior à indicação do ZARC traz consequências para os produtores, que perdem o direito à subvenção do seguro rural e à indenização no caso de perdas de produção, além da cobertura do Proagro”, explica o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Sergio Souza (MDB-PR) encaminhou na semana passada um ofício para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, solicitando a prorrogação, por 10 dias, dos períodos de semeadura do milho segunda safra. 

De acordo com o parlamentar, a falta de chuva nas regiões produtoras entre setembro e outubro provocou muitos prejuízos aos produtores e a soja teve que ser semeada tardiamente. “Outros trabalhadores precisaram replantar suas lavouras em função da não germinação ou germinação irregular, causadas pela seca. A colheita tardia da soja e o atraso considerável na semeadura de milho segunda safra é um problema latente. O campo fica à mercê das mudanças climáticas repentinas, e precisamos tomar medidas para amenizar os impactos negativos causados por fenômenos aos quais os trabalhadores ficam ‘reféns’”, defendeu.

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (Seab), o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) e a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) também pediram a prorrogação e estiveram em uma reunião com a ministra. “A ministra demostrou estar sensível ao tema e deve dar uma resposta ao nosso pleito em breve”, informou o superintendente da Ocepar, Robson Mafioletti.

As entidades temem que a redução da semeadura do grão impacte toda a cadeia com risco de desabastecimento para vários segmentos como suínos, aves, pecuária, leite e peixes, resultando em preços altos para o consumidor das proteínas.
 

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