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Entidades se unem em prol da fruticultura

Embrapa Agrossilvipastoril, Empaer, governo de Mato Grosso desenvolvem projeto único


Embrapa Agrossilvipastoril, Empaer, governo de Mato Grosso desenvolvem projeto único

A Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Fruticultura faz parte das ações de transferência de tecnologia desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Mato Grosso. Dessa forma, agentes de extensão rural e assistência técnica de diferentes regiões do Estado discutem e planejam a implantação de Unidadesde Referência Tecnológica (URTs) em fruticultura no Estado. O curso é promovido em conjunto com a Empaer, governo do estado e parceiros.

O tema será o destaque do módulo 5 da Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Fruticultura, que será realizado na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (500 Km de Cuiabá). Durante o curso o grupo, que já vem sendo capacitado desde 2011, conhecerá a proposta de implantação das URTs e iniciará o trabalho para implantar uma delas no município em que atua. Estas Unidades serão instaladas em propriedades padrão da região e serão acompanhadas de perto pelos técnicos. Sendo que nelas eles poderão aplicar os conhecimentos adquiridos na capacitação e transferir os conhecimentos para colegas e outros produtores. Além de execução do planejamento das URTs, neste módulo da Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Fruticultura haverá também palestras sobre a produção de frutas em Mato Grosso, sobre inovação tecnológica em fruticultura tropical e sobre o cultivo da bananeira. 

Já pensando no desenvolvimento da cadeia da fruticultura a Embrapa lançou no final do ano passado em Sinop duas novas cultivares de frutas para regiões de clima tropical: a uva para suco BRS Magna e o híbrido de maracujazeiro azedo BRS Rubi do Cerrado, que foram validados em propriedades de Mato Grosso e são boas opções para os fruticultores. A cultivar de uva BRS Magna foi validada em Mato Grosso na fazenda Melina, em Nova Mutum. O novo material tem como principal característica a ampla adaptação climática, podendo ser cultivada em regiões de clima temperado, como a Serra Gaúcha, ou tropical úmido, como em boa parte do estado de Mato Grosso. Tem um ciclo de produção de médio a precoce, o que possibilita a colheita de duas safras por ano em regiões tropicais. A nova cultivar apresenta um sabor aframboesado, uma coloração violácea intensa e um alto teor de açúcar de 17 a 19 Brix , podendo ser utilizada para a elaboração de sucos pura ou em conjunto com outras variedades. A pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho, Patrícia Ritschel, destaca ainda a presença nesta cultivar de grande quantidade de compostos fenólicos e antocianas. Tais substâncias são benéficas para a saúde, ajudando na prevenção de doenças cardiovasculares. 

O maracujá BRS Rubi do Cerrado foi validado pela cooperativa Coopernova, em Terra Nova do Norte, na região Norte do Mato Grosso, onde obteve produtividade acima de 50 toneladas por hectare. Produz frutos de casca aproximadamente 50% de frutos de casca vermelha ou arroxeada com peso de 120 a 300 gramas (média de 170g) e rendimento de suco em torno de 35%. Trata-se de um material de dupla aptidão, tanto para mesa quanto para a indústria, com melhor resistência ao transporte, maior tempo de prateleira e elevados níveis de resistência às principais doenças do maracujazeiro (virose, bacteriose, antracnose e verrugose).

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