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Entrada facilitada de etanol nos EUA deve favorecer região

Catanduva deve ganhar um incentivo a mais para a produção de cana


As usinas instaladas na região de Catanduva devem ganhar um incentivo a mais para a produção de cana-de-açúcar no próximo ano. A partir de 31 de dezembro, os norte-americanos vão extinguir as tarifas de importação do combustível, que deve puxar investimentos para a região.


Acabar com o apoio do governo americano ao etanol doméstico e eliminar barreiras para a entrada do etanol brasileiro eram os principais objetivos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), entidade que representa os usineiros. “Este é o momento em que Brasil e Estados Unidos, que juntos respondem por mais de 80% do etanol produzido no mundo, devem mostrar liderança e trabalhar juntos para criar um verdadeiro mercado global para o etanol, livre de barreiras tarifárias, a exemplo do que já acontece com o petróleo. Os dois países devem dar o exemplo e incentivar o resto do mundo para que produza e utilize mais etanol,” afirmou Marcos Jank, presidente da Unica, através de nota.

O fim da tarifa e dos subsídios dos EUA ao etanol ocorre pouco depois do final da 17ª Reunião da ONU sobre o clima, a COP-17, realizada em Durban, na África do Sul. Naquela oportunidade, os países participantes se comprometeram a reduzir suas emissões e prorrogar o Protocolo de Kyoto até pelo menos 2017. Para Marcos Jank, as conclusões da COP-17 representam uma grande oportunidade global para o etanol, particularmente o de cana-de-açúcar.

“O etanol de cana produzido no Brasil já é reconhecido como o melhor biocombustível do mundo em termos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. Esse reconhecimento veio, inclusive, do governo americano, através da Agência de Proteção Ambiental do país (Environmental Protection Agency, ou EPA), que designou o etanol de cana como ‘biocombustível avançado,’ com até 90% de redução de emissões de CO2 comparado com a gasolina. Agora é preciso promover a forte contribuição que o etanol de cana pode trazer para reduzir emissões mundialmente. Isso deve beneficiar a todos os produtores no Brasil”, analisou.


Jank lembrou que a vitória para o etanol brasileiro vem em um momento de transição para o setor sucroenergético brasileiro, que se esforça para voltar a crescer e atender à demanda por seus produtos, que aumenta fortemente dentro e fora do Brasil. “Hoje a prioridade é atender o mercado doméstico, mas com o fim da tarifa americana, é possível visualizar a consolidação do etanol como commodity internacional, como já acontece com o açúcar. É um objetivo que o Presidente Lula perseguiu durante oito anos, que pode começar a acontecer e ajudar a incentivar um novo ciclo de crescimento no setor sucroenergético brasileiro,” afirmou.

Preços

De acordo com a Unica, a mudança nas regras tarifárias e o conseqüente aumento na produção não vão influenciar no preço do combustível.

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