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Entressafra de soja é o período ideal para controle da buva

A buva está se expandindo justamente nas áreas em que não foram tomadas as providências necessárias de manejo”, constatam pesquisadores da Embrapa Soja


Há várias safras, a crescente expansão da buva, espécie de planta daninha que interfere na produção soja, preocupa pesquisadores, técnicos e produtores, principalmente porque seu controle passou a ser muito difícil principalmente nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. “Como a pesquisa já havia alertado anteriormente, a buva está se expandindo justamente nas áreas em que não foram tomadas as providências necessárias de manejo”, constatam os pesquisadores Dionísio Gazziero e Fernando Adegas, da Embrapa Soja,

Se nas safras passadas, a buva estava mais concentrada no Sul do País, a partir de agora, a invasora passa também a preocupar as áreas do Brasil Central. A buva é uma espécie de entressafra que se desenvolve em áreas de pouca cobertura vegetal ou de pouca palhada e se espalha com facilidade, por intermédio de sementes carregadas pelo vento.

Segundo os pesquisadores da Embrapa Soja, quem planta trigo ou aveia no inverno consegue minimizar o problema. “No entanto, o problema é maior nas áreas de milho safrinha que estão sendo colhidas agora, porque ficarão longo período de pousio até o cultivo da soja. Inclusive, já estamos percebendo que há grande quantidade de buva nestas áreas”.

Segundo os pesquisadores da Embrapa Soja, o manejo adequado das plantas daninhas é feito com aplicação de herbicidas, principalmente em plantas pequenas, com no máximo 15 cm. O controle químico da buva deve ser feito na entressafra, porque se conviver com a soja pode reduzir a produtividade entre 10 e 40%. Além disso, a buva aumenta a impureza e a umidade dos grãos colhidas. “No Paraná, na última safra, os produtores usaram em média de 2 a 10 sacas de soja para o controle fazer o controle químico da buva”, explicam.

Além do controle químico, medidas como a rotação de culturas também minimizam o problema, assim como a utilização de herbicidas de diferentes mecanismos de ação. De acordo com os pesquisadores da Embrapa Soja, atualmente existe na população desta planta daninha, biótipos considerados resistentes ao glifosato. “Vale lembrar que herbicidas não provocam a resistência, mas sim o uso continuado de um mesmo produto ou de produtos com o mesmo mecanismo de ação e ou doses abaixo da indicada”, explicam. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Soja.

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