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Entrevista: Sergio Barros destaca economia aplicada ao agronegócio

Profissional trabalha no USDA há quase 17 anos


Entrevista com Sergio Barros, formado em Engenharia Agronômica em 1991, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), com formação também em economia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEAUSP). Além disso, possui um MBA em administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. É especialista agrícola sênior do U.S Agricultural Trade Office (ATO), Escritório de Promoção de Produtos Agroindustriais dos Estados Unidos, em São Paulo. Antes de trabalhar no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), onde está há quase 17 anos, administrou uma fazenda de gado de corte no interior de São Paulo.

Qual sua atuação no mercado?

Sergio Barros - Como Assessor Agrícola do Consulado dos Estados Unidos, oriento o diretor do ATO, no que diz respeito à agricultura, economia e comercio agrícolas, política e finanças do Brasil. Desenvolvo inteligência de mercado e preparo relatórios sobre commodities agrícolas e energéticas, como, citrus, café, açúcar e biocombustíveis. Este trabalho é de relevância internacional, porque o Brasil é uma potencia agrícola e um dos principais exportadores agropecuários do mundo. Oscilações na produção de commodities agrícolas brasileiras refletem diretamente nos volumes de exportação e afetam a formação de preços mundiais. Quando o Brasil deixa de produzir em algum setor, ou aumenta o valor final de seus produtos, o país cria divergências que geram interferência nos mercados de todo o mundo. Principalmente quando falamos sobre produtos que só o Brasil produz e exporta, é essencial não só para o Consulado Americano, mas para todos os países interessados neste mercado, estar por dentro das mudanças.
  
O que este mercado pede do jovem que está se formando?

Sergio Barros - Pede sem dúvidas, o conhecimento em economia aplicada em agronomia. Um fator marcante em minha formação foi o estágio no Departamento de Economia, enquanto me graduava em agronomia na ESALQ. O curso de Economia na USP em São Paulo, e o mestrado em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas foram complementares e contribuíram para no meu processo de seleção no Consulado dos EUA. As possibilidades para quem se gradua hoje em Agronomia são ainda maiores, levando em consideração o fato de que, enquanto me formava, existia apenas o embrião do CEPEA na ESALQ, hoje, contamos com o ESALQ-LOG e o CEPEA, já consolidados, e oferecendo estágio para muitos alunos. Essas experiências são essenciais para o mercado agrícola que temos hoje. 
 
Quais os desafios que este mercado apresenta?

Sergio Barros - A qualidade das informações obtidas é fundamental quando se trabalha com inteligência de mercado.  Atualmente, existe muita informação disponível em função da internet, relatórios das diversas instituições (governo, empresas de consultoria, instituições financeiras, associações de produtores), porem cabe à um bom analista saber “olhar” e interpretar com discernimento e bom julgamento os diversos números a disposição.  A consistência e credibilidade dos números divulgados pelo USDA é função da imparcialidade de seus diversos analistas.
 

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