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Entrevista: Um olho nos Estados Unidos, outro no Brasil

Entrevista com Fred Seamon, diretor de Pesquisa de Commodities do CME Group


Entrevista com Fred Seamon, diretor de Pesquisa de Commodities do CME Group

Até novembro, o que deve influenciar mais, a colheita tardia nos Estados Unidos ou a safra sul-americana?

Ambos os fatores. Os negócios ainda estão buscando a produção dos Estados Unidos. E ainda existe possibilidade de geadas, embora não haja previsão de que isso vá acontecer. Estamos no limite para que a colheita avance. Se a colheita ocorrer como se espera, uma eventual seca no Brasil teria impacto maior.


Para o produtor americano é melhor vender a produção antes ou depois da colheita brasileira?

A maior parte dos produtores segue o calendário de atividades no campo enquanto aguarda um sinal do mercado. Eles vão decidir o que fazer quando identificarem um caminho certo e talvez armazenem a produção. Mas vão tomar essa decisão olhando para o mercado.

Em sua avaliação, ainda pode haver grande mudança na safra norte-americana?

Existe esse risco. Muitos ainda estão observando as estimativas de produção. Mas a tendência é essas dúvidas diminuírem, porque está ficando tarde para a colheita. A principal preocupação é com algum evento inesperado que afete a produção ainda no campo.


O Brasil está aumentado sua participação na CBOT? Qual o porcentual dessa participação?

Não posso dizer em porcentual. Mas certamente o Brasil está aumentado a participação. Nosso mercado é um mercado global e o que acontece no Brasil também tem grande influência nos negócios. O que acontece na Bolsa, nos Estados Unidos, no Brasil é observado pelos nossos clientes, uma vez que os preços se estabelecem a partir de uma conexão entre a produção do Hemisfério Sul e a do Hemisfério Norte.

Em 2014, espera-se uma safra maior no Brasil e na Argentina. O mercado está preparado para eventuais problemas climáticos na América do Sul?

O que acontece no Brasil e na Argentina tem reflexo quase imediato nas cotações. O mercado está muito mais ligado eletronicamente no que ocorre no Hemisfério Sul e permanece buscando sinais de alguma variação.

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