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Equideocultura registra crescimento em MT

2010 foi um ano de grandes negócios envolvendo toda a cadeia de equinos


2010 foi um ano de grandes negócios envolvendo toda a cadeia de equinos

Mesmo sem números oficiais, a notícia de crescimento espantoso no setor de equinos é unânime. Esse aquecimento aconteceu não só no Mato Grosso, mas em todo o Brasil. Todos os segmentos foram aquecidos. As médias de leilões aumentaram cerca de 30%, as escolas de equitação receberam em 2010 o dobro de alunos, comparado com 2009, e até o comércio lucrou. Houve um aumento no número de lojas que negociam produtos e roupas country no Estado. Empresas que comercializam suplementos para estes animais também registraram aumento nas vendas.

Paixão? Talvez esta seja a palavra mais correta para definir a relação entre homem e cavalo. E este amor pode ter sido um dos motivos que movimentou o mercado estável até então. O esporte e a preocupação dos pais em manter os filhos longe da Internet também fez crescer o número de crianças e adolescentes interessados em conhecer melhor a relação entre ser humano e animal. Foi o que garantiu o aumento na procura por escolas de equitação.

Com o aquecimento do mercado, também houve aumento na importação de animais para garantir mais qualidade nos rebanhos. O administrador do rancho Terra Nova, Reginaldo Vargas, mais conhecido como Vespa, conta que os leilões nacionais do quarto de milha movimentaram R$ 144 milhões em 2010.

Vespa acrescenta que no rancho também houve crescimento considerável. "Aumentamos os cavalos e praticamente dobrou o número de alunos". As aulas de uma hora por semana podem ser negociadas a partir de R$ 180 por mês. O valor varia de acordo com o número de aulas por semana. Vespa diz que a procura por matrícula já começou.

Em Mato Grosso um dos leilões do quarto de milha teve média de R$ 25 mil. Vespa conta que muitos cavalos foram vendidos para o interior do Estado. Ele acrescenta que o aquecimento se estendeu para o interior e movimenta os municípios de Tangará da Serra, Sinop Colíder, Barra do Garças, entre outros. "Também vendemos para o Norte e para o Sudeste do Brasil".

Jamel Costa, criador de cavalo crioulo em Sinop, confirma o crescimento do mercado no interior do Estado. Segundo ele, houve aumento no número de leilões, de criatórios e de empresas que negociam produtos relacionados com alimentação de equinos. "Em 2010, as médias dos leilões do crioulo foram pelo menos 25% mais altas que em 2009".

Com toda essa movimentação no mercado de cavalos, os pesquisadores também tiveram mais trabalho. Melhoramento genético, nutricional e da sanidade são assuntos discutidos frequentemente em seminários, palestras e feiras agropecuárias. "Buscamos animais mais fortes e saudáveis. É isso que os esportistas e os criadores querem", ressalta o pesquisador Maurício Arruda Leme.

Para a raça pantaneira, 2010 também foi um ano de muitas alegrias. O criador Paulo Moura revela que a média dos leilões no ano passado foi de R$ 16 mil, bem maior que as registradas em 2009. Com 6 eventos realizados durante o ano, os criadores comemoram a melhora na qualidade genética da raça. "Isso sem falar na divulgação. Os animais que participaram da novela Paraíso tornaram o pantaneiro conhecido nacionalmente. Isso contribuiu muito para a melhora dos preços e das médias dos leilões".

O paint horse também se destacou em 2010. O criador Jorge Sofia Neto conta que em plena baixa temporada está vendendo cavalos. "Nunca fiz negócios nesta época do ano. Vendi 2 potros na semana entre Natal e Ano Novo. Nem preciso enfatizar que 2010 foi de bons negócios". A raça tem destaque por ser pintada e chamar a atenção principalmente das mulheres, em função de sua beleza. Jorge Sofia também cria quarto de milha.

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