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Esmagamento da soja nos EUA atinge nível recorde

Já os estoques ficaram abaixo das estimativas


Foto: Leonardo Gottems

No último dia 15, a NOPA divulgou dados de março levemente altistas para o complexo de soja dos EUA. Não pelos próprios números de esmagamento - que já eram altos e vieram em linha com as expectativas -, mas sim pela queda dos estoques de óleo de soja, muito abaixo das estimativas, de acordo com análises da hEDGEpoint Global Markets.

Margens de esmagamento da China caíram acentuadamente no mês passado, uma vez que as margens persistentemente fracas para os produtores de suínos do país estão afetando o restante da cadeia. Por sua vez, esse fator vem fazendo o USDA reduzir sua projeção de importações de soja pelo país. Assim, se por um lado a demanda doméstica vem se mantendo forte, com altas chances continuidade, por outro lado as exportações dos EUA (que tinham muito a ganhar com a quebra no Brasil), podem se ver limitadas.

O volume de esmagamento da soja está no mais alto patamar já registrado para o mês de março nos Estados Unidos. Segundo relatório divulgado neste mês pela Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês), o volume é de 4,95 milhões de toneladas. Os estoques do grão disponíveis, no entanto, ficaram abaixo da expectativa.

“Não pelos números de esmagamento -- que já eram altos e vieram em linha com as expectativas --, mas sim pela queda dos estoques de óleo de soja, muito abaixo das estimativas, as exportações dos EUA, que tinham muito a ganhar com a quebra de safra no Brasil, podem se ver limitadas”, observa o analista de Grãos e Proteínas Animais da hEDGEpoint Global Markets, Pedro Schicchi.

Em análise publicada nesta semana, o especialista destaca que o esmagamento na China caiu acentuadamente no mês passado, uma vez que margens fracas para os produtores de suínos do país estão afetando o restante da cadeia. Por sua vez, esse fator vem fazendo o USDA reduzir sua projeção de importações de soja pelo país.

O quadro para o esmagamento nos EUA continua forte e a NOPA trouxe notícias altistas nesse sentido. Não exatamente os números reais de esmagamento, mas sim o declínio dos estoques de óleo de soja no país.

Com o óleo ainda liderando as margens de esmagamento - devido aos altos preços da energia e à projeção de aumento de mandatos para o biodiesel - os altos estoques ainda não eram um fator preocupante, mas poderiam se tornar em um ponto ou outro. Devido ao cenário na Argentina, o consumo interno nos EUA se vê sustentado durante todo o ano e, principalmente, uma vez que a oferta da nova safra entrar.

No entanto, o contraponto é que em termos do O&D da safra atual, o relatório NOPA deste mês realmente traz pouca mudança, já que o ritmo até agora indica uma estimativa próxima da leitura atual do USDA sobre o esmagamento dos EUA. Além disso, os altos preços combinados com o cenário pós-PSA na China vêm pressionando as margens de esmagamento no país e levando a leituras de menor importação pelo país, o que também pode começar a compensar parte do sentimento altista para os EUA.

informações são da hEDGEpoint Global Markets

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