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Especialista em comércio vê tendência positiva na pandemia

Poucos países limitaram as exportações


Foto: EuroSLA

Historicamente, muitos países responderam a graves crises econômicas globais limitando as exportações de alimentos, acreditando que isso aumentaria a segurança alimentar doméstica. Porém, durante os primeiros meses da pandemia de coronavírus (COVID-19), um número relativamente pequeno de países seguiu esse caminho familiar, segundo um especialista em comércio internacional. 

Simon Evenett, professor de Comércio Internacional e Desenvolvimento Econômico da Universidade de St. Gallen, na Suíça, supõe que muitas nações finalmente descobriram que limitar ou banir as exportações de alimentos durante períodos econômicos difíceis não os ajuda necessariamente a atingir seu objetivo. 

Falando durante o seminário on-line da Associação Nacional de Imprensa, “Comércio Global: Uma Cartilha Pandêmica”, em 12 de maio, Evenett disse que o impacto das restrições comerciais durante tempos econômicos difíceis nos países que as implementam é muitas vezes, para sua surpresa, negativo. 

"Isso tende a desencadear países colocando restrições à exportação de alimentos", disse ele. “A ideia é que eles sintam que precisam restringir as exportações para abastecer o mercado doméstico. A última grande explosão dessas restrições de exportação ocorreu de 2008 a 11 (durante a Grande Recessão)”, completou. 

“Estudos mostram que essas restrições à exportação aumentam a volatilidade dos preços mundiais em alimentos e tiveram efeitos indiretos nos países importadores. Mas a descoberta mais importante de todas foi que, na maioria dos países que restringiram as exportações, os preços dos alimentos domésticos não caíram. Isso porque normalmente é uma perturbação doméstica que é um fator dominante”, indicou. 

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