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Especialistas da FGV falam sobre a experiência brasileira no agronegócio

Entre os debates, a produção de alimentos e biocombustíveis, inovação, competitividade e perspectivas macroeconômicas do país


Uma plateia seleta formada por membros do comitê da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, em inglês) e do G-20 esteve reunida nessa terça (29), em Paris, para um encontro sobre o setor de agronegócios no Brasil ministrado por especialistas e convidados da FGV.
 
Além de discutirem sobre a produção de alimentos e biocombustíveis, inovação, competitividade e perspectivas macroeconômicas do país, os participantes também puderam conhecer mais sobre o Tropical Belt, projeto que poderá ajudar no desenvolvimento de mais de 100 países da região do chamado Cinturão Tropical (entre os trópicos de Câncer e Capricórnio), região que engloba América Latina, Caribe e África. “O setor agrícola pode ser uma importante ferramenta de progresso das economias desses países”, comenta Cesar Cunha Campos - diretor da FGV projetos.
 
O estudo da FGV Projetos e do GV Agro/EESP (Centro de Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da FGV) já analisou a capacidade de produção agrícola e energia de 13 países e contabilizou, em áreas degradas ou abandonadas, uma possibilidade de produção bastante elevada. Para o coordenador do projeto, Cleber Guarany “as produções de biodiesel, satisfariam as necessidades de quase todos os países avaliados, com exceção de Moçambique, que mesmo assim teria 50% do seu volume atendido pelo biocombustível. Em relação ao etanol, todos os países estudados teriam condições de substituir 100% das quantidades consumidas e exportar um volume excedente significativo para outros países da região, que enfrentam problemas semelhantes de dependência de combustíveis fósseis”.
 
O foco de todos esses projetos é aumentar a capacidade de geração de empregos e distribuição de renda desses países, uma vez que priorizam a substituição das importações pela produção local. Também seriam bastante positivos e ajudariam a impulsionar o desenvolvimento de vários setores como o da saúde, educação e infraestrutura. Para os países da região o grande desafio é atrair a iniciativa privada para investir em projetos dessa natureza. “É justamente isso que temos nos empenhado: na criação de mecanismos eficientes de atratividade de capital que enfoquem projetos com bom retorno financeiro e baixo risco percebido”, afirma o coordenador do projeto.Estiveram presentes Ricardo Guerra (ministro da OCDE na embaixada brasileira), José Maurício Bustani (Embaixador do Brasil na França), Ken Ash (diretor do mercado de agricultura da OCDE), Martina Otto (especialista em políticas para energia e transportes da UNEP), Gregg Young (membro do comitê de agricultura da OCDE), Silvio Crestana (ex-presidente da EMBRAPA), Cesar Cunha Campos, (diretor da FGV Projetos), Roberto Rodrigues (ex Ministro da Agricultura e coordenador da GV Agro), Antônio Carlos Kfouri Aidar (diretor de controle da FGV Projetos), Márcio Holland (secretário de política econômica do Ministério da Fazenda e professor da EESP/FGV), e os professores e coordenadores Cleber Guarany (FGV Projetos) e Marcelo Neri (CPS – FGV).

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