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Especialistas treinam alunos em análise de risco de OGMs

Objetivo é integrar o treinamento ao programa de cursos formais no Brasil


Pela primeira vez no Brasil, alunos de pós-graduação receberam treinamento formal em avaliação de riscos da introdução de organismos geneticamente modificados (OGM’s) na biodiversidade brasileira. O curso foi ministrado durante cinco dias por especialistas brasileiros em análise de risco e impacto ambiental de organismos transgênicos aos alunos de pós-graduação do curso de entomologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. Os instrutores incluíram pesquisadores de várias unidades da Embrapa.

Eliana Fontes e Carmem Pires, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; André Dusi, da Embrapa Hortaliças; Paulo Barroso, da Embrapa Algodão; José Waquil, da Embrapa Milho e Sorgo, além do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Entomologia da UFV, Ângelo Pallini, e professores do curso.

Os especialistas compõem o projeto internacional denominado GMO-ERA, que tem como objetivo desenvolver novas metodologias e aperfeiçoar as já existentes para análise de riscos ambientais de organismos geneticamente modificados. O projeto, financiado pela Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação, é uma iniciativa pioneira de 260 cientistas da área ambiental que trabalham em instituições públicas e tem cerca de 700 contatos em 116 países.

Mais de 70% dos integrantes desse grupo representam países em desenvolvimento. O grupo regional da América Latina é coordenado pelas pesquisadoras da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eliana Fontes, e da Embrapa Meio Ambiente, Deise Capalbo.

Ferramentas de capacitação foram elaboradas durante workshop realizado em junho

As ferramentas de capacitação repassadas aos alunos foram elaboradas durante o workshop de Formação do Time de Especialistas em Avaliação de Riscos Ambientais de OGM’s, realizado em Brasília (DF), no período de 20 a 23 de junho deste ano.

O evento contou com a participação de 24 especialistas brasileiros e 10 estrangeiros da Costa Rica, Estados Unidos, México, Peru, Suíça, Tanzânia, Uganda e Vietnam.

O workshop teve como objetivo treinar os participantes para que possam atuar como professores e disseminadores de conhecimentos em seus países sobre três temas principais, fluxo de genes, que é o movimento natural de genes entre populações de plantas. Os efeitos sobre a biodiversidade e insetos não-alvo, e manejo de resistência de insetos e plantas daninhas.

Segundo Eliana, os alunos tiveram bom aproveitamento, fixaram conceitos básicos sobre os temas e avaliaram positivamente o curso. O objetivo daqui para a frente, como explica a pesquisadora, é investir em outras iniciativas como essa para consolidar a importância da discussão da avaliação de risco da introdução de organismos transgênicos no ambiente.

A proposta do programa de cursos formais no Brasil deve estender o treinamento também para alunos de graduação em áreas como agronomia, biologia e outras. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

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