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Espécies geneticamente modificadas devem se proliferar

Novo método permitirá variedades transgênicas de várias plantas


A modificação genética de alimentos, dependendo do ponto de vista, é uma solução tecnológica para alimentar a crescente população mundial ou monstruosidade científica que semeia o apocalipse ambiental. Apesar da batalha sobre esse assunto já ser intensa, agora o conflito deve se expandir. Uma equipe de cientistas chineses anunciaram uma nova técnica, chamada de magnetofecção, que deve superar os obstáculos do métodos tradicionais de transformação de plantas e abre o caminho para modificar geneticamente “quase todos os cultivos”, revelou o site Agropages.

“No momento, estamos muito limitados para quais plantas e mesmo que tipos de plantas – chamadas de cultivares – somos capazes de transformar”, explica Rachel Burton, do Centro de Excelência ARC em Células de Plantas da Universidade de Adelaide, que não envolveu na pesquisa.

“Por exemplo, trabalhamos muito com cevada e só somos capazes de fazer cevada transgênica de aproximadamente 10 cultivares. Há ainda mais que não podemos transformar em absolutamente nada. Essa tecnologia mudaria isso”, afirmou.

Quase todos os métodos de modificação genética envolvem a regeneração de uma nova planta de uma única célula transformada usando processos de cultura vitros. A abordagem alternativa de Xiang Zhao, da Academia Chinesa de Ciências Agrícola em Pequim, é manipular primeiro o DNA do pólen e depois usar essa pólen para fertilizar o ovário da planta e diretamente gerar sementes transgênicas. Os detalhes do método foram publicados no jornal Nature Plants.

A ferramenta chave que foi usada para superar a falta de sucesso de esforços prévios para transformar geneticamente o pólen é a combinação de magnetofecção – o uso de campos magnéticos ao DNA estranho para células alvo – com a nanotecnologia, usando nanopartículas para “contrabandear” o DNA ao coração do pólen.

A magnetofecção tem sido usada principalmente em ciência animal e pesquisa médica. Zhao e seus colegas superaram a resistência através da concentração do pólen nos pontos mais fracos – as aberturas dos pontos de saída para a liberação de células esperma durante a germinação.

Os cientistas mediram o tamanho dessas aberturas e então escolheram os veículos de entrega da nanopartícula para que entre por elas, transportando a carga de DNA para o pólen.

O processo é “um grande passo para eliminar os passos que gastam tanto tempo como em técnicas de vitro cultura”, diz Chris Cazzonelli, do Laboratório Ambiental de Epigenética da Universidade do Oeste de Sidney.

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