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Estamos entrando na “era do desperdício”?

Cada pessoa produz 1,07 kg de lixo por dia no Reino Unido


Foto: Pixabay

Os seres humanos habituaram-se a definir as eras da história pelos materiais que as dominaram: das idades da pedra, do bronze e do ferro aos 100 anos que decorrem entre os séculos 20 e 21, conhecidos como a idade de plásticos. Mas agora, à medida que os recursos finitos de nosso planeta se tornam cada vez mais escassos, estamos prestes a entrar na "era do desperdício"? 

De acordo com o portal internacional Bioeconomy.info, que foi o originário desta indagação, estamos despejando, queimando e enterrando os mesmos materiais valiosos que trabalhamos tão arduamente para escavar, ao ponto em que o cobre agora pode ser encontrado em concentrações mais altas nas cinzas que sobraram da incineração de lixo do que no minério tradicionalmente extraído. 

Segundo um relatório do The Guardian, no Reino Unido, cada pessoa produz 1,07 kg de lixo por dia, quase o dobro dos Estados Unidos. Dos materiais virgens usados pela indústria da moda, 47% nem chegam a vestir. Cerca de um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano são perdidos ou desperdiçados. E em 2050, estima-se que os oceanos conterão mais plástico do que peixes. 

“Claro, devemos reduzir, e se possível eliminar, o desperdício em novos produtos e processos, mas também temos a oportunidade de pegar o legado de 200 anos de produção linear e torná-lo o ponto de partida para produtos significativos e duradouros. Exatamente isso é o que uma nova geração de designers de móveis inovadores está fazendo”, comenta o portal. 

Um desses exemplos citados é o designer alemão Tobias Juretzek, que tem feito objetos úteis com as coisas que as pessoas jogam fora a vida toda. “Quando eu era criança, nunca considerei desperdício apenas desperdício”, diz ele. "Muitas vezes experimentei a magia de transformar objetos descartados em algo novo”, completa. 

Ele descreve cada peça como uma "cápsula do tempo da história viva". “As características das roupas, como detalhes, cores e artesanato permanecem visíveis e criam uma linguagem de produto vibrante. As roupas podem encapsular momentos e aventuras. Minha mobília carrega essas memórias e lhes dá uma nova expressão”, conclui. 

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