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Estiagem ameaça plantações de milho em Santa Catarina


Os produtores de milho de Campos Novos, na região do Planalto-sul de Santa Catarina, já começam a se preocupar com a falta de chuvas. A previsão é que se não chover significativamente nos próximos dez dias ocorra uma perda expressiva nas lavouras. Segundo o engenheiro agrônomo da Cooperativa Regional Agropecuária Campos Novos (Coopercampos), Adão Pereira Nunes, em dezembro a precipitação pluviométrica foi de 106 milímetros, quando a média histórica é de quase 150 milímetros. "Até agora já houve uma redução no volume de chuvas de 40% e isso é muito perigoso neste período, pois o milho está na fase de floração e enchimento dos grãos e a precipitação ideal nesta época seria de 7 a 8 milímetros por dia".

Os produtores de Campos Novos plantaram este ano 26 mil hectares de milho, 10% a mais que na safra passada. A expectativa de colheita é de 180 mil toneladas, mas para que esta previsão se confirme é necessário que chova nos próximos dias. "Hoje ainda não há como prever o percentual de perdas se a estiagem se prolongar, mas dá para garantir que vai ser bastante expressivo".

A falta de chuvas também preocupa em relação as lavouras de feijão e soja. A cultura do feijão já sofreu este ano uma redução de 40% na área plantada, caiu de 10 mil para seis mil hectares, em função do preço baixo hoje está entre R$ 65 e 70,00 a saca de 60 quilos, e também por causa do alto custo de produção, cerca de R$ 1,4 mil o hectare.

Já nas lavouras de soja ocorreu um aumento na área plantada de 18%, passou de 28 mil para 33 mil hectares, além do preço que chegou a quase R$ 50,00 a saca, o custo de produção é menor, gira em torno de R$ 900,00 o hectare. "A falta de chuvas também ameaça estas culturas que começam a se ressentir da pouca umidade no solo".

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