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Estiagem pode impactar próxima safra de arroz

Baixos volumes de chuva deixam reservatórios no limite no Rio Grande do Sul



Foto: Eliza Maliszewski

A colheita do arroz está em fase final no Rio Grande do Sul, que responde por 70% da produção nacional. Até o momento, a produtividade média do Estado está em 8.511 quilos por hectare (81 kg/ha a menos que o número do levantamento da semana anterior), com 7.107.866 toneladas de grãos já colhidos. Foram plantados quase 935 mil hectares (na safra 19/19 foram 984 mil hectares). Com essa redução de área plantada a produção deve fechar um pouco menor do que na safra anterior, que foi de 7.241.458 toneladas.

O coordenador da Zona Sul do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), André Matos, destaca que na região, mesmo com a estiagem presente desde janeiro, o desempenho foi satisfatório, sendo os melhores resultados obtidos nas áreas semeadas até o final de outubro. O Irga é líder em cultivares de arroz irrigado semeado no Estado. “Destaco a variedade 424 que mais uma vez foi a cultivar mais semeada com 50% da área gaúcha e o nosso lançamento IRGA 431 CL foi acompanhado de perto pela equipe de extensionistas para entendimento do seu desempenho dentro dos quase 9% de área que já ocupou na primeira safra”, comenta.

Mas o clima segue sendo o desafio. Os baixos volumes pluviométricos dos últimos meses impacta nos reservatórios de água, que estão em níveis muito baixos. A preocupação é que se não voltar a chover a situação poderá impactar a próxima safra de arroz. “ Esse já um desafio da próxima safra. É urgente normalizar os níveis dos reservatórios. Será uma safra atípica em meio a toda incerteza devido a pandemia do Covid -19 onde outros desafios até mesmo difíceis de serem previstos estarão presentes”, acredita Matos. 
 

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