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Estoques de soja devem cair após choque de setembro

Menor nível de estoque de finalização desde 2016


Foto: Leonardo Gottems

De acordo com a agência Agricensus, as expectativas são de um corte acentuado para os estoques finais da temporada 2020/21 no próximo relatório de Oferta de Demanda do USDA (WASDE). A atualização viria após a surpreendente baixa registrada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no mês de Setembro – quando foram estimados em 523 milhões de bushels (14,23 milhões de toneladas), uma queda de 42% em relação ao ano anterior.

“De acordo com uma pesquisa com dez analistas, o USDA deverá reduzir os estoques para o ano comercial atual em quase 100 milhões de bu (2,72 milhões de t), para 361 milhões de bu (9,82 milhões de t), uma queda de quase 22% na previsão de outubro de 460 milhões de bu (12,52 MT), e uma queda de 41% em relação à previsão de agosto de 610 milhões de bu (16,60 MT)”, aponta a Agricensus.

Se alcançado, explicam os analistas de mercado, este seria o menor nível de estoque de finalização desde 2016, quando os volumes caíram para 301 milhões de bu (8,19MT): “Quase toda essa queda adicional será baseada nos estoques finais mais baixos para 2019/20, com a produção deste ano comercial devendo ser praticamente inalterada em 4,282 bilhões de bu (116,5 milhões de t) contra 4,313 bilhões (117,4 milhões de t) em setembro”.

“No resto do mundo, espera-se que a agência forneça pouca ou nenhuma mudança em suas previsões para a safra sul-americana, possivelmente julgando-a muito cedo para se afastar dos rendimentos das tendências, apesar do clima adverso no Brasil. Brasil e Argentina devem produzir volumes de 133 milhões de t e 53,5 milhões de t, respectivamente, com apenas uma estimativa vindo abaixo disso devido ao tempo seco atual durante a temporada de plantio chave do país”, acrescentam.

E quanto aos estoques finais mundiais, diz a Agricensus, os analistas esperam uma queda de cerca de 2 milhões de toneladas, para 91,8 milhões de toneladas. “Olhando para esta sexta-feira, o mercado também estará ansioso para ver se a agência manterá sua previsão de exportação para os EUA em 59,33 milhões de t, com as vendas de exportação já atingindo 40 milhões de t em meio a uma rodada de compras em larga escala pela China nos últimos meses. Um possível atraso para a safra brasileira do próximo ano, em meio ao tempo seco atual, poderia fazer com que os EUA permanecessem como a única origem competitiva até pelo menos fevereiro ou até março”, concluem.

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