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Estudantes ajudam a disseminar informações sobre o greening e importância da substituição de plantas

Sociedade, para sensibilização e apoio à causa, é um ponto fundamental da campanha #UNIDOSCONTRAOGREENING


Informar a sociedade, para sensibilização e apoio à causa, é um ponto fundamental da campanha #UNIDOSCONTRAOGREENING. Por isso, o projeto está sendo levado a escolas em todo o estado de São Paulo, para que as crianças possam, desde cedo, conhecer a importância da citricultura e a ameaça que o greening representa para suas cidades e para que atuem como multiplicadoras da mensagem, transmitindo o aprendizado para suas famílias, amigos e vizinhos.

Uma ação externa foi realizada na escola municipal Padre Geraldo Trossel, em Altinópolis (SP), com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental, no final de 2018. Após uma apresentação sobre o greening e como colaborar para a redução da doença, os estudantes participaram do plantio de novas mudas em substituição às dezenas de murtas existentes na escola e ganharam laranjas e um gibi sobre o tema desenvolvido especialmente para o público jovem.

Na região, com 5,8 milhões de laranjeiras e produção de 8,6 milhões de caixas, a citricultura gera 6 mil empregos. No entanto, a incidência de greening aumentou 58,37% desde o ano passado, a maior taxa de crescimento de todo o cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste Mineiro: 10,12% das plantas estão doentes.

Para a diretora da escola, Roseli Leoncini, ao receber a ação, a escola cumpriu também com seu papel social. “Além de proporcionar conhecimento às nossas crianças, ajudando a divulgar o problema e o combate a ele, nós estamos fazendo nosso trabalho social, porque várias famílias dos nossos alunos dependem diretamente da citricultura para sua sobrevivência”, destaca.

Espalhando a mensagem

O estudante Pablo Ferreira, de oito anos, conta que seu pai já trabalhou na citricultura e hoje é o tio quem atua no setor. “Eu aprendi que tem um bichinho que pode levar doença pra laranja e vou contar pra minha mãe, pro meu pai, pra minha avó e pro meu tio”, relata.

O agrônomo do Fundecitrus Bruno Daniel revela que os reflexos das visitas às escolas são percebidos na aceitação da população em substituir suas plantas de citros e murtas. “Quando fazemos a abordagem nas casas e propriedades rurais, muitas pessoas já possuem um conhecimento prévio sobre o greening e sobre a necessidade da substituição das plantas porque seus filhos levaram para casa essas informações, e isso facilita a adesão à campanha”, diz.

Parceria

A ação foi feita a partir de uma parceria entre o Fundecitrus, uma empresa citrícola com pomar na região, que forneceu as frutas e novas mudas ornamentais e frutíferas, e a prefeitura.

A engenheira agrônoma da Prefeitura Municipal de Altinópolis, Franciele Guitto, explica que o governo local faz o mapeamento das plantas de citros e murtas presentes em áreas e prédios públicos e também cede mão de obra para o corte e eliminação da massa verde gerada. “A preocupação da prefeitura, que a levou a apoiar a campanha, foi a evolução da doença. Se essa citricultura no município deixar de existir, nós vamos gerar muito desemprego”, comenta.

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