Estudo: Safras anuais não contribuem para mudança climática
Conclusão é de que as emissões agrícolas estão equilibradas
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Nadia Borges
A Biogenic Coalition, organização formada por diversas instituições ligadas ao setor do agronegócio que luta pelo tratamento justo das emissões agrícolas de CO2, acaba de publicar um relatório liderado pelo pesquisador Seungdo Kim da Michigan State University, que revisou a literatura científica de em todo o mundo para confirmar que as emissões biogênicas de CO2 produzidas por culturas agrícolas anuais não contribuem significativamente para o aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
Dos 108 artigos relacionados às emissões biogênicas agrícolas e contabilidade de gases de efeito estufa publicados desde 2010 encontrados na revisão da literatura, uma quantidade de 104 artigos mostra que as emissões biogênicas de CO2 de culturas agrícolas "são totalmente equilibradas pelo crescimento da biomassa em um curto espaço de tempo”. Essa descoberta apoia a posição de longa data da Coalizão de que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) deve emitir uma regulamentação esclarecendo a natureza dessas emissões. A revisão da literatura científica utilizou o banco de dados Web of Science, que tem acesso a mais de 8.500 periódicos científicos acadêmicos.
Além disso, a análise de Kim identificou várias metodologias de contabilidade que se aplicam às emissões de carbono biogênico. Independentemente da abordagem usada, a pesquisa revela que as emissões de safras agrícolas não contribuem para o CO2 adicional na atmosfera.
“O estudo de Kim confirma ainda que a ciência de todo o mundo mostra a natureza das emissões do uso de safras agrícolas anuais. A EPA é o único órgão regulador do mundo que trata as safras agrícolas e os combustíveis fósseis da mesma forma, e essa barreira regulatória injusta limitou o potencial do coração da América por muito tempo”, disse Thomas Parks, porta-voz da Coalizão.