Estudo avaliou ecoeficiência de campeões da soja
O indicador mescla critérios ambientais e econômicos para avaliar produtividade
Agrolink
- Eliza Maliszewski
Foto: Marcel Oliveira
Na última edição do desafio CESB de produtividade, com resultados divulgados há duas semanas, os produtores inscritos passaram por um estudo que avaliou a ecoeficiência da produção. A parceria entre a Fundação Espaço ECO, criada e mantida pela BASF, em conjunto com o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), avaliou os critérios ambientais e econômicos da lavoura em 11 categorias.
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O índice de ecoeficiência leva em consideração todos os aspectos ambientais dos insumos e recursos utilizados para produção (água, uso do solo, diesel, defensivos, fertilizantes etc.), além das emissões que ocorrem no campo durante a atividade agrícola. Para a parte econômica foram usados como base os custos de produção de um sojicultor médio e do campeão das regiões Sul e Nordeste.
Conclusões
A ferramenta busca auxiliar na gestão dos recursos e compartilhar boas práticas agrícolas com foco em aumento de produtividade. Os resultados mostram as diferenças entre os sojicultores.
O campeão da região Sul reduziu em 59% a emissão de gás carbônico na sua produção, enquanto obteve para cada real investido o retorno de R? 2,80. No comparativo com a média da região, o vencedor do desafio aumentou o retorno em R? 1,30. Se todos os sojicultores da região tivessem o mesmo desempenho, teriam emitido 75 milhões de toneladas a menos de gás carbônico.
O produtor campeão da região nordeste obteve um retorno de R?3,20 por cada real investido, enquanto outros produtores retiraram a média de R?1,40. A sustentabilidade do produtor campeão resultou na utilização de menos 35% de água por quilo de soja produzido. Para chegar neste resultado, a escolha e uso assertivo de fertilizantes e defensivos agrícolas foram os principais contribuintes.
Se todos os sojicultores do Nordeste fossem tão eficientes quanto o campeão neste quesito de uso de água, seriam poupados 177 bilhões de litros, quantidade necessária para o abastecimento de todo o Nordeste por 16 dias.