Estudo realizado pela Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, mostrou que os produtores americanos podem ser forçados a gastar centenas de milhões de dólares para se adequar às novas regras sobre alimentos alterados geneticamente, adotadas pela União Européia (UE). Esse custo refere-se às mudanças na forma como esses produtores plantam e transportam seus produtos.
O trabalho foi custeado pela Croplife International, organização comercial que representa a indústria fito-científica, e pela Illinois-Missouri Biotechnology Alliance. Esta última é parceria entre as universidades dos dois estados e recebe a maior parte de seus recursos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) para pesquisa em biotecnologia.
O estudo, divulgado em Bruxelas, Bélgica, é uma das primeiras tentativas de quantificar o custo financeiro das novas regras para os agricultores americanos. Os produtores de sementes de milho, por exemplo, terão que gastar entre 250 e 350 milhões de dólares para mudar a forma como eles cultivam e armazenam seus grãos.
Em julho, o Parlamento Europeu deve votar as novas regras que, entre outras coisas, exigirão rótulos informando sobre a quantidade de transgênicos contidos nos alimentos, mesmo se essa quantidade for pequena. Essas regras substituirão a moratória sobre comercialização de novos produtos transgênicos, imposta pela UE há cinco anos, e que tem sido combatida com veemência pelos Estados Unidos.