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Estudo mapeia áreas mais produtivas de cana

O estudo amplia o espaço de reforma do canavial, ou seja, um novo plantio de cana


Para aumentar a produtividade da cana-de-açúcar e também reduzir custos de produção, o gestor do Centro Tecnológico Canavieiro, Jorge Luiz Donzelli, apresentou nessa terça-feira (28-08), durante palestra realizada no 1º Congresso de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar – Canasul/2007, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, estudo preliminar do Estado, feito por geoprocessamento, que reúne as informações em um mapa, com visão geral de toda a região.

O geoprocessamento é uma técnica para identificar solo e clima, garantindo a plantação da variedade de cana-de-açúcar no lugar mais correto e extrair o máximo de produtividade. O estudo amplia também o espaço de reforma do canavial, ou seja, um novo plantio de cana. Normalmente, essa reforma ocorre, em média, a cada quatro/cinco anos, e o objetivo do geoprocessamento é o de reduzir esses custos de produção.

O estudo apurou, em uma primeira avaliação, que existe bom solo e clima adequado, distribuídos principalmente na parte central e norte de Mato Grosso do Sul. De acordo com Jorge Luiz, em uma parte está o bom solo e em outra, o clima. Será necessário um estudo para adequar o plantio e potencializar a produtividade.

Projetos

Mato Grosso do Sul detém 21% dos projetos sucroalcooleiros em andamento no Banco do Brasil, ou seja, dos 14 estudos existentes em todo o País, três estão localizados no Estado. Os dados foram repassados pelo gerente de divisão de agronegócio da diretoria comercial do banco, Sérgio Carlos dos Santos, durante a palestra "Negócios Estruturados", no 1º Canasul.

Os investimentos no País são da ordem de R$ 4,4 bilhões. Os projetos do setor sucroalcooleiro em Mato Grosso do Sul chegam a R$ 830 milhões. As futuras usinas, segundo Santos, terão capacidade de moer seis milhões de toneladas/ano. Para se ter uma idéia, as 11 usinas em funcionamento no Estado moem, juntas, 25 milhões de toneladas. "Isso evidencia a alta produtividade da região em relação aos demais projetos nacionais", destaca.

De acordo com dados apresentados pelo Banco do Brasil, três projetos serão implantados em Maracaju, com investimentos de R$ 273 milhões e capacidade de dois milhões de toneladas/ano, e os demais, em Dourados. Um dos projetos será da ordem de R$ 227 milhões, com capacidade para dois milhões de toneladas/ano e o segundo terá recurso da ordem de R$ 330 milhões e capacidade de moagem de 2,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar/ano.

O Banco do Brasil possui a linha de FCO grande empresa, voltada ao setor, taxa de juros de 11,5% ao ano, com rebate com 15% de adimplência e carência, que dependendo do tamanho do projeto, pode chegar a três anos. Recentemente, a linha teve seu teto de financiamento ampliado para R$ 100 milhões.

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