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Etanol impulsiona exportações do setor

A febre do etanol continuará a beneficiar as exportações brasileiras do agronegócio


A febre do etanol continuará a beneficiar as exportações brasileiras do agronegócio em 2007 já que segue em alta a demanda internacional por milho e soja brasileiros em razão da maior utilização desses grãos na produção de biocombustíveis nos Estados Unidos. Assim, mesmo com a forte valorização do real sobre o dólar, a elevação dos preços médios dos produtos do setor deve levar os exportadores brasileiros a bater novamente o recorde de vendas, avaliou ontem a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).

As exportações totais do agronegócio devem somar US$ 57 bilhões em 2007, segundo a CNA. Isso significaria desempenho 15,4% superior aos US$ 49,4 bilhões de 2006. Se confirmadas as projeções, o saldo positivo da balança comercial chegaria a US$ 49 bilhões neste ano - ou 14,75% acima dos US$ 42,7 bilhões de 2006. "O agronegócio segue afetado pelo câmbio, mas os preços médios dos nossos principais produtos subiram bastante neste ano", analisa Antônio Donizeti Beraldo, especialista em Comércio Exterior da CNA. No complexo soja, os exportadores ganharam 17% a mais neste primeiro semestre do que no mesmo período de 2006. Nas carnes, foram 10% - com destaque para o frango (18%). E no milho, o preço subiu 38%. Na contramão, o açúcar teve queda de 11% no período.

Em suas projeções, a CNA avalia que as vendas do complexo soja devem atingir US$ 12 bilhões em 2007. Assim, os produtos de soja devem manter a liderança no ranking das exportações do setor, iniciada em 1997. O complexo carnes deve embarcar US$ 10 bilhões. E o setor sucroalcooleiro deve trazer US$ 6 bilhões. As importações do setor devem subir de US$ 6,7 bilhões para US$ 8 bilhões.

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