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EUA e China retomam negociações

Diálogos comerciais anteriores não tiveram avanços substanciais


Estados Unidos e China começaram a retomar nessa quinta-feira (17.05) uma série de discussões comerciais delicadas relacionadas a ameaça das sanções americanas que podem entrar em vigor em menos de uma semana. De acordo com a Casa Branca, a delegação americana será liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, que se reunirá com as autoridades chinesas supervisionadas pelo vice-primeiro-ministro Liu He. 

Diálogos comerciais anteriores já haviam sido conduzidos por Liu He que é próximo ao presidente Xi Jinping e é responsável por comandar a política econômica da China, na época as negociações feitas em Pequim não tiveram avanços substanciais. Washington exige que os chineses reduzam em U$ 200 bilhões de um déficit comercial que alcançou os U$ 375 bilhões no ano passado.  

A Casa Branca disse que essas reuniões são a continuação do que começou a duas semanas e afirmou que elas "se centram no reequilíbrio das relações econômicas". Além disso, o comunicado divulgado pela Presidência americana indicou que o secretário do Tesouro conduzirá as negociações " junto do secretário de Comércio Wilbur Ross e o representante comercial (USTR) Robert Lighthizer", além de outras autoridades relacionadas ao governo.  

As negociações acontecem em um monto crucial porque se os dois países não chegarem a um acordo para reequilibrar suas relações de mercado, isso poderá reacender a ameaça de uma guerra comercial. Após o dia 22, quando as taxas de 25% sobre as exportações de aço dos chineses aos Estados Unidos e de 10% de alumínio, o país poderia ser alvo de novas taxações que beiram aos U$ 50 bilhões pelo que os americanos consideram um roubo de propriedade intelectual que gerou prejuízos a empresas. 

Se isso acontecer, Pequim já informou que aplicará medidas de represália equivalentes, concentradas especialmente em produtos agrícolas. Segundo Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), se isso de fato acontecer, toda a economia mundial deverá ser afetada. "A boa saúde do comércio internacional contribuiu recentemente para o fortalecimento do crescimento econômico mundial, mas o ressurgimento do protecionismo ameaça atrapalhar esse momento positivo", alerta. 

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