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EUA pedem a Brasil que lidere emergentes na Rodada Doha

O secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, disse que é importante que o Brasil lidere os países emergentes para que seja concluída com sucesso a Rodada Doha


O secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, disse nesta quarta-feira (10-10) que é importante que o Brasil lidere os países emergentes para que seja concluída com sucesso a Rodada Doha de negociações para liberalização do comércio mundial. "É o momento de o Brasil estabelecer o mesmo compromisso e usar a liderança que conquistou para persuadir outras nações em desenvolvimento", afirmou o secretário, em evento na manhã de hoje na Amcham (Câmara de Comércio Americana) em São Paulo.

Para Gutierrez, um acordo na Rodada Doha deve ser obtido em breve. "Estamos mais próximos do que as pessoas imaginam. Como em toda negociação, as partes têm que ceder alguma coisa. Ninguém receberá tudo, mas o suficiente para que valha a pena", disse. Segundo ele, o presidente Bush tem intenção de reduzir subsídios desde que haja reciprocidade dos demais negociadores, especialmente a União Européia.

Ele disse ainda que tenta obter do Congresso americano apoio para as negociações de Doha através da renovação do "fast-track" (mecanismo que dá ao Executivo a autoridade fechar tratados comerciais internacionais sem que o Legislativo possa fazer emendas) para que os trabalhos sejam concluídos. "Seria uma pena muito grande deixar isso [um acordo na Rodada Doha] se esvair por entre nossos dedos. Não há idéia mais grandiosa do que gerar crescimento, reduzir a pobreza, criar empregos no mundo".

Em termos continentais, o secretário disse que a Alca (Área de Livre-Comércio das Américas), cujas negociações foram suspensas por falta de acordo, "é uma idéia e, como todas as idéias, continua tendo vida. A visão é muito poderosa, mas entendemos e respeitamos que todos não estejam prontos para ela". Gutiérrez destacou o papel do Fórum Brasil-EUA, criado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, para a "promoção do comércio e dos investimentos" e superar o crescimento de 15% na balança comercial em 2006.

"Com o Brasil, queremos aumentar os US$ 45 bilhões que temos de comércio, onde US$ 26 bilhões correspondem às exportações brasileiras. Buscamos acordos amplos de investimentos com um compromisso com os direitos de trabalho e propriedade intelectual e, para isso, é necessário um acordo em Doha", disse. Após visitar Uruguai e Brasil (passando por São Paulo e Brasília), a viagem de Gutiérrez terminará na Colômbia, aonde chegará na sexta-feira.

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