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EUA procuram voluntários para testar vacina contra gripe suína

EUA procuram voluntários para testar vacina contra gripe suína


Oito centros médicos do país desenvolvem estudos contra o vírus A

O governo americano anunciou nesta quarta-feira que precisa de milhares de voluntários para testarem as primeiras fórmulas da vacina contra gripe suína. Após a Austrália anunciar os primeiros testes da fórmula contra o vírus A (H1N1) em humanos, os países lançaram uma corrida para ver quem conseguirá garantir doses suficientes de vacina contra uma segunda onda do vírus no inverno.

Ao todo, oito centros médicos ao redor do país estão desenvolvendo estudos sob a direção do Instituto Nacional de Saúde. As primeiras doses da fórmula experimental devem ser aplicadas em voluntários até a segunda semana de agosto.

O projeto inclui uma primeira fase de teste de diferentes fórmulas da vacina em adultos saldáveis, incluindo idosos, em duas aplicações com 21 dias de separação.

Se não houver nenhum sintoma preocupante, como reação alérgica, o mesmo teste será realizado em crianças e bebês, explicou o médico Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Doenças Infecto-contagiosas e Alergias.

Segundo Fauci, a vacina testada deve ser lançada no mercado a tempo para garantir uma campanha de vacinação em massa em meados de outubro para evitar a segunda onda da gripe no inverno americano.

Até o começo de setembro, estima, os cientistas devem ter as primeiras pistas sobre a proteção garantida pela primeira dose da vacina. Os efeitos de uma segunda dose só serão conhecidos um mês depois.

As fórmulas a serem testadas pelo governo foram produzidas pelos laboratórios Sanofi-Pasteur e CSL Ltd.

Dados do governo americano indicam que a nova gripe matou 263 no país e afetou 40 mil. No último saldo da OMS (Organização Mundial de Saúde), o país estava a frente como o mais atingido pelo novo vírus.

A OMS parou de contabilizar os casos de gripe suína em 6 de julho, devido a "velocidade sem precedentes" da transmissão e os altos custos do processo de contagem.

Austrália

A Austrália saiu na frente na corrida pela vacina de gripe suína e realizou nesta quarta-feira os primeiros testes clínicos em humanos.

A empresa Vaxine, em Adelaide, realiza testes com 300 voluntários, segundo a agência de notícias Associated Press. Já a CSL Biotherapies, com sede em Melbourne, começa um teste com 240 pessoas.

Petrovsky afirmou que levará de seis a oito semanas antes dos resultados provarem se a fórmula é efetiva. "Não há garantia de que qualquer destas vacinas funcionará. A gripe suína é uma variação muito peculiar, um vírus diferente. Mas estamos esperançosos", completou.

Em comunicado, a CSL informa que espera poder começar a distribuir em setembro o medicamento contra o vírus A, que atinge 14.703 pessoas no país e causou 41 mortes.

A empresa pagou cerca de 400 dólares australianos (US$ 320) para cada voluntário que se submeter ao tratamento oferecido pelo Hospital Real da cidade de Adelaide.

Primeiro, os integrantes do grupo fizeram um exame de sangue. Em seguida, metade dos participantes dos testes recebeu uma injeção com uma dose da vacina, enquanto o restante tomou duas doses. Dentro de duas semanas eles passarão por novos exames. No próximo dia 4 de agosto, começam os testes em crianças e jovens, segundo a CSL.

A vacina é similar à já existente para a gripe comum. Ela apenas inclui a cepa da gripe suína.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada por um novo tipo de vírus influenza A (H1N1). Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1.

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