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Eucalipto transgênico entra no foco das discussões da CTNBio

A entidade deve definir a zona de monitoramento e isolamento para pesquisas


O eucalipto transgênico entrou no foco das discussões da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Além da análise dos pedidos de liberação comercial do milho geneticamente modificado (GM), prevista para esta quarta-feira (20-06) e quinta, a entidade deve definir a zona de monitoramento e isolamento para pesquisas de campo com a árvore transgênica.

Há duas propostas em verificação. Uma delas, considerada inaplicável pela indústria, prevê a reserva de mais de 400 hectares – onde não deve haver plantações de eucalipto ou de qualquer outra cultura – distribuídos no entorno de cada 1 hectare de experimento. A outra sugere que se realize um monitoramento num raio de 100 metros, a partir da borda da área de pesquisa. Neste caso, o isolamento – de aproximado 1.6 ha – só seria necessário se o teste for realizado em áreas localizadas fora de plantios comerciais de eucalipto. Os estudos executados dentro desses plantios dispensam a bordadura.

Para a pesquisadora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Luciana Di Ciero, “exigir a inutilização de 400 ha, como sugerido em um dos projetos, inviabiliza a pesquisa e, mais uma vez, atrapalha o desenvolvimento do Brasil”. “É muito difícil um instituto de pesquisa ou uma universidade ter essa quantidade de terra disponível para realizar apenas um experimento. Sem dúvida, a proposta que prevê um isolamento de 1.6 ha é mais adequada e também respeita todas as medidas cabíveis de biossegurança”, complementa Luciana.

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