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Evolução do peso médio do frango no Brasil entre 2000 e 2010

Pesquisa apresenta o aumento praticamente contínuo no ganho de peso do frango


O gráfico abaixo, montado a partir de dados do IBGE sobre o abate animal inspecionado no Brasil, mostra um dos resultados do melhoramento genético na produção avícola: o aumento praticamente contínuo no ganho de peso do frango.

Como exemplo principal, tomou-se a evolução média brasileira do peso do frango abatido em estabelecimentos sob inspeção: no início do primeiro dos anos 2000, ele ficava próximo, mas ainda aquém, dos 1.900 gramas e dez anos depois, no primeiro trimestre de 2010, estava em cerca de 2.100 gramas. Um ganho de 10% ou, grosso modo, 1% ao ano – sem considerar outros ganhos genéticos, como, por exemplo, o aumento no ritmo de ganho de peso diário ou redução nos índices de mortalidade.

É oportuno ressalvar, no entanto, que nem só da genética depende o peso do frango: o mercado também é um poderoso determinante desse fator. Veja-se, a propósito, o exemplo de dois estados limítrofes e detentores de parcela representativa da produção brasileira – o Paraná, estado líder na produção de frango, responsável por um quarto do abate nacional (dados do IBGE para o primeiro trimestre), e São Paulo, terceiro colocado, com pouco mais de 14% do abate nacional.

No período analisado, o frango abatido no Paraná registrou, em média, um peso 9% inferior ao alcançado nacionalmente, enquanto em São Paulo o valor médio registrado esteve 13% acima do padrão nacional.

Notar, a propósito da observação de que o mercado também interfere no peso do frango, a grande alta de peso registrada nos três segmentos na primeira metade 2006 (período assinalado). Pois bem: essa alta coincide com o momento do “boicote” internacional à carne de frango devido aos casos humanos de Influenza Aviária no Hemisfério Norte. Ou seja: sem mercado, o frango permaneceu por mais tempo nas granjas e adquiriu muito mais peso.

Notar, ainda, que desde 2008 o frango abatido em São Paulo apresenta grande redução de peso. A ponto de, no início de 2009, registrar valor similar à média nacional e à média paranaense. Será o princípio de uma nova tendência?
 
 

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